O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) continua a analisar o apoio a projetos de infra-estrutura na América Latina, apesar da crise. Empreendimentos em setores como transporte e energia requerem fontes de financiamento de longo prazo como as oferecidas pelo BID e outras instituições financeiras multilaterais.
São fontes de financiamento permanentes e contraciclícas, ou seja, quando o mercado se retrai nós entramos mais forte, diz Roberto Vellutini, diretor de infra-estrutura e meio ambiente do BID. Ele diz que o banco participa das discussões sobre o Trem de Alta Velocidade (TAV) entre o Rio e São Paulo. O BID realizou, a partir de um acordo de cooperação técnica com o BNDES, concorrência para contratar estudo independente sobre o TAV. Em uma segunda etapa, o BID irá financiar o projeto.
O banco também analisa oportunidades nas áreas de transporte, portos, água e saneamento e infra-estrutura de turismo para os estados do Nordeste. Vellutini citou a nova linha de crédito de rápido desembolso, no montante de US$ 6 bilhões, anunciada recentemente pelo BID, como exemplo de como o banco se prepara para reforçar a sua atuação frente à crise.
A previsão do BID é aprovar US$ 12 bilhões em empréstimos em 2009 (contra US$ 10 bilhões estimados para este ano). O Brasil deve ficar com 30% a 40, algo como US$ 3,5 bilhões. Desse total, cerca US$ 1,8 bilhão devem corresponder a aprovações para a área de infra-estrutura. Se os recursos da linha de crédito rápido forem todos usados, o fluxo total comprometido pelo BID para a América Latina e Caribe poderia chegar a US$ 18 bilhões em 2009.
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