O domingo de sol atraiu turistas para o Corcovado ontem, mas muitos dos que visitaram o Cristo Redentor no dia anterior ficaram frustrados. O serviço do trenzinho, que transporta turistas até o cartão postal, passou todo o sábado interrompido por determinação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), obrigando turistas a usarem vans. Mas a empresa trem do Corcovado entrou com pedido de mandado de segurança e conseguiu, às 19h de anteontem, liminar autorizando o funcionamento do trem.
A liminar foi expedida pela juíza Marceli Siqueira, da 30ª Vara da Justiça Federal. Mas o funcionamento do trenzinho só está garantido até amanhã.As atividades da empresa trem do Corcovado estavam suspensas desde quinta-feira por falta de um contrato com a União.
Apesar de ter vencido a última licitação para continuar a explorar o serviço, a empresa questiona a legalidade do edital e não quer assinar o novo contrato com o governo federal antes até o dia 11, que é o prazo limite.
— O que a gente não quer é abrir mão da legalidade. A liminar permite que a gente continue a trabalhar, sem prejuízo para a cidade. Vamos pedir a extensão deste mandado até o dia 11 — diz Sávio Neves, diretor da empresa trem do Corcovado.
Ontem, o alemão Christian Zeidlar, consultor de informática, que está no Rio a trabalho, aproveitou o fim de semana para conhecer os pontos turísticos da cidade. No sábado, ele tentou ir ao Corcovado, mas desistiu depois de esperar o trenzinho por meia hora na estação das Paineiras.
— Como o trenzinho não passou, resolvi conhecer os bairros de Santa Teresa e do Centro e deixei para vir hoje ao Cristo (ontem) — contou Zeidlar.
Um grupo de dez pedagogas do Norte e Nordeste criticou o preço da passagem (R$ 36,00).
— É caro. No Pão de Açúcar aceitam meia-entrada — reclamou a baiana Cleide Lopes.
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