A Prisma 21 se prepara para entrar no mercado de compra e revenda de motores usados. A companhia está importando o equipamento dos EUA e, em parceria com a suíça Ganser, instalando um dispositivo que economiza até 8% de combustível e reduz em cerca de 40% as emissões de CO2. A empresa, que atuava no setor de importação e venda de locomotivas usadas, começou a perder mercado quando as operadoras passaram a contar com boas oficinas e mão-de-obra especializada para elas próprias reformarem suas máquinas.
“Nós comprávamos as locomotivas usadas nos EUA e a deixávamos em running condition, prontas para entrar em operação. A partir do momento em que as operadoras se estruturaram para fazer esse tipo de serviço, elas passaram a comprar diretamente no exterior, e nós perdemos espaço”, conta Francisco Sandoli, da Prisma 21. O último contrato deste tipo foi em 2006, quando entregaram 45 C-30 para a Ferronorte.
A empresa vai começar trabalhando com motores de C-30, comprados da empresa Link Up. Da Suíça vem o Common Rail Injection System, que é instalado no Brasil, nas oficinas das operadoras, por profissionais da Prisma 21. “Acreditamos muito neste mercado. Toda operadora precisa de motores ‘para ontem’, sempre, ainda mais se lembrarmos que hoje o país deve ter mais de 600 C-30”, diz Sandoli, que estima um preço de US$ 120 mil por motor revitalizado, contra os US$ 600 mil de uma locomotiva usada após os devidos reparos.
Além de revender motores reformados, a Prisma 21 atua como representante comercial de outras empresas, como a O&M, que no Negócios nos Trilhos deste ano exibiu, na entrada da feira, um caminhão de linha para reparos na rede aérea.
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