O prefeito João Henrique se mostrou indignado nesta quinta-feira (4) com a recente decisão do Tribunal de Contas da União(TCU), que bloqueou os recursos das obras do metrô.
“Mais uma vez, a cidade sofre as conseqüências de atitudes irresponsáveis do passado. Vamos lutar para viabilizar o nosso metrô, um equipamento importantíssimo para a cidade e para a população”, comentou João Henrique, que pretende mobilizar a bancada federal da Bahia incluindo os três senadores baianos para desbloquear os recursos.
“Temos que encontrar uma solução. Precisamos construir um final feliz para esta novela chamada metrô”, complementou o prefeito. Segundo o presidente da Companhia de Transporte de Salvador(CTS), Pedro Dantas, a recente decisão do TCU pode inviabilizar a continuidade das obras do metrô. “É uma pena, pois estamos há um mês de entregar a obra pronta para eletrificação dos trilhos e o início dos testes com os três trens que chegaram da Coréia no mês passado”, disse Dantas.
Em nota, a Prefeitura afirma que “depois de 10 anos acompanhando sistematicamente, através de auditorias, as contas do metrô baiano e apontando irregularidades desde a origem do projeto, que data de 1999, o TCU adota a sua mais dura medida às vésperas da entrega da primeira etapa que já tem 97% das obras concluídas”.
Ainda de acordo com a nota, “os problemas do metrô se arrastam desde a sua concepção”. Segundo a Prefeitura, na época, “não foram reservados limites orçamentários e contrapartidas normais para o projeto que conta com recursos da União e do Banco Mundial”.
Retenção – O TCU determinou nesta quinta-feira, 4, que a Companhia de Transportes de Salvador (CTS) e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) retenham R$ 50,5 milhões dos próximos pagamentos do contrato celebrado com o Consórcio Metrosal para obras no metrô.
Segundo o TCU, foram identificadas irregularidades nas obras, como precariedade do projeto básico, ausência de planilha orçamentária de quantitativos, execução e pagamento de serviços não previstos no contrato, além da aquisição “anti-econômica” dos sistemas de energia.
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