O consórcio Construtor Fluminense — formado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Engenharia — entregou, semana passada, à Secretaria Estadual de Transportes (Setrans), o cronograma inicial para a construção do trecho Barreto-Alcântara da Linha 3 do Metrô. O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, porém, discordou do cronograma e, deste modo, poderá haver atraso no início das obras. A Linha 3 do Metrô ligará Niterói a São Gonçalo.
A expectativa da secretaria é de que, ainda no primeiro semestre deste ano, as obras já tenham começado. E a previsão para a conclusão é de três anos e meio.
Metrô será construído na antiga linha férrea
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Segundo a Setrans, está sendo feito um levantamento de toda a área da antiga linha férrea que ligava Niterói a Itaboraí, sobre a qual será construída parte da nova linha do metrô. Extensa faixa de domínio hoje está ocupada por construções irregulares, como muros de casas ampliados e estabelecimentos comerciais. A Setrans acrescenta que um veículo tem circulado periodicamente para ajudar na limpeza da antiga linha férrea e evitar a ocupação da área.
No último dia 30, o governo estadual firmou um convênio com a União, que garantirá o repasse de R$ 50 milhões (a fundo perdido) do total de R$ 62,5 milhões necessários para o início da implantação da linha. Os demais R$ 12 milhões serão investidos pelo próprio governo do estado.
Os recursos servirão para a construção do elevado que ligará a estação de Barreto, em Niterói, à Estação Alcântara, em São Gonçalo, que terá 12 quilômetros, além da construção do trecho propriamente dito.
A Linha 3 do Metrô ligará o Centro de Niterói (Estação Araribóia) a São Gonçalo (Estação Guaxindiba). O projeto prevê a construção de 14 estações (Araribóia, Jansen de Mello, Barreto, Neves, Vila Laje, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Mauá, Antonina, Trindade, Alcântara, Jardim Catarina e Guaxindiba).
Depois de pronta, a linha beneficiará 350 mil passageiros por dia. Nos horários de pico, o tempo de deslocamento por todo o trecho a ser coberto pela futura linha, que, de ônibus, normalmente chega a levar uma hora e 25 minutos, deverá cair para 20 minutos. O novo sistema de transporte proporcionará também a criação de oito mil novos empregos , sendo 2.500 diretos e 5.500 indiretos, nas duas cidades.
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