Mogianos continuam questionando VLT

Mogianos que já andaram nos veículos leves sobre trilhos que funcionam em cidades do primeiro mundo desmentem o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Sérgio Henrique Passos Avelleda. Ao contrário do que sustenta o principal executivo da CPTM, o VLT não é alternativa para viagens intermunicipais em nenhum dos países citados como exemplos pela estatal. Em Amsterdã (Holanda), Barcelona (Espanha), Dublin (Irlanda), Porto (Portugal) e Toyama (Japão), os VLTs substituíram ônibus circulares e não trens, que continuam operando com grande demanda entre um município e outro.


“Querer comparar as necessidades dos passageiros de subúrbios de Mogi com as dos usuários do VLT em Amsterdã ou Dublin é irresponsabilidade”, afirma a professora de inglês Bianca Torelli, 30 anos, que andou nos dois sistemas quando morava na Holanda. “Os VLTs circulam como se fossem ônibus. Na verdade, funcionam como transporte complementar ao metrô e ao trem. São bastante confortáveis, mas também são lentos e não acomodam muita gente. Não imagino como seriam substituindo os subúrbios nos horários de pico, quando milhares de pessoas precisam se deslocar para São Paulo.”


O jornalista Ewerthon Tobace, 31, que trocou Mogi pelo Japão há sete anos, conhece bem o VLT de Toyama. “Toyama tem uma grande estação [de trem] que a liga com outras cidades. Mas o transporte interno, além dos ônibus coletivos, agora é feito com esses ‘ônibus-trem’”, diz ele. O sistema foi adotado por duas razões: priorizar o transporte coletivo e diminuir a poluição causada pelos ônibus. “Mais pessoas agora utilizam o transporte público ao invés de usar o próprio veículo para ir trabalhar, fazer compras, etc. Eles esperam atingir a meta de 30% menos poluentes de veículos automotivos até 2030. Sem contar que o trânsito diminuiu no centro.”


Diferentemente do que ocorre em Toyama, o Estado quer implantar o modelo em Mogi para priorizar o transporte individual, submetendo as composições aos semáforos para dar passagem aos veículos. “É um absurdo”, define o designer Luís Guilherme de Moraes Boucault, 25, que passou sete meses em Barcelona estudando novas alternativas de mobilidade urbana e andou muito de VLT. “Se a proposta é melhorar o espaço público no Centro, por que não fazer o trem passar sob a superfície, como o Metrô?” Ele diz que, com R$ 400 milhões, é possível fazer isso entre a Avenida Campos Salles, no Centro, e Rua Olegário Paiva, no Shangai.


Quem também conhece bem os VLTs que circulam na Europa é a professora Juliana Alvim Dowling, 25, que morou na Inglaterra e andava de veículo leve sobre trilhos toda vez que visitava a Holanda. Para ela, a proposta só é viável em sociedades que mantenham com as leis de trânsito e os códigos de postura um respeito canino. “Em Amsterdã, os pedestres só atravessam as ruas pelas faixas próprias e os motoristas obedecem até mesmo o sinal amarelo dos semáforos.” Para ela, é arriscado derrubar os muros que protegem as linhas férreas em países como o Brasil.


Saliente-se, ainda, que entre as justificativas do Governo do Estado para retirar de circulação os trens espanhóis que chegaram até a Estudantes, na década de 1990, estava o fato de que as composições eram alvos de pedras atiradas por quem morava nas margens da linha férrea.

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Fonte: O Diário de Mogi

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