”Trem verde” da Vale troca diesel por gás

A Vale conseguiu tirar do papel um projeto de quatro anos e passa a deter uma tecnologia inédita no mundo, que permite substituir o diesel pelo gás natural para abastecer as locomotivas. O principal diferencial em relação aos outros projetos nesse sentido é o fato de a mineradora ter desenvolvido, em parceria com a White Martins, um sistema que transforma o gás natural em liquefeito.


O projeto foi batizado de Trem Verde e, por enquanto, o teste vem sendo feito em uma locomotiva da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O objetivo, segundo Eduardo Bartholomeu, diretor de Logística da Vale, é usar até 70% de gás natural como combustível para as locomotivas. O restante é complementado com diesel.


A Vale, dona da segunda maior malha ferroviária do Brasil, ocupa o topo de lista dos grandes consumidores de diesel do País. Metade da demanda vem das mil locomotivas usadas na área de logística. Por ano, a mineradora queima 544 milhões de litros de diesel. O investimento em alternativas ao combustível foi motivado, segundo a empresa, pela busca da redução dos gastos com combustível e pela preocupação com o efeito da emissão de poluentes.


As pesquisas começaram em 2004 e contam com a participação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e Universidade de São Paulo (USP). Com a conversão de motores para o gás natural, a direção da Vale calcula que a redução das emissões de CO2, provenientes da queima de combustíveis, chegará a 73 mil toneladas por ano. Isso é o equivalente ao gás carbônico absorvido por uma área de mata nativa de cerca de 155 hectares.


No lado econômico, segundo Bartholomeu, um litro de diesel produz a mesma quantidade de energia que 1,056 metro cúbico de gás. No entanto, o gás custa em média 17% menos que o diesel.


Segundo o executivo, até agora foram investidos R$ 2,4 milhões, mas o projeto tem potencial para absorver R$ 460 milhões, quando incluir todas as locomotivas. “A maior dificuldade era justamente a forma de armazenar o combustível. Agora, com um tanque cheio de gás liquefeito, a locomotiva Vitória-Minas tem autonomia de 1,2 mil quilômetros (uma viagem de ida e volta de Belo Horizonte a Vitória)”, explica o executivo.


A Vale faz parte de uma série de consórcios para exploração de petróleo e gás. Todos os projetos ainda estão em fase de prospecção. Mas quando começarem a produzir, calcula Bartholomeu, o gás da própria mineradora poderá ser usado para movimentar as locomotivas. Por enquanto a empresa depende do gás boliviano. Mas nem por isso o executivo mostra-se preocupado com o risco de desabastecimento, como ocorreu recentemente. “Esse é um problema resolvido. Não há chance de faltar gás.”


Outro projeto em fase de testes na Vale é o que muda o acionamento dos freios das locomotivas para um sistema computadorizado, que reduz o uso de combustível na hora de parar o trem. Ao ser implantado em toda a malha ferroviária, possibilitará uma economia anual de 7 milhões de litros – uma redução de 1,3% no consumo de diesel de todas as ferrovias da Vale. 

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Fonte: O Estado de SP

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