Dilma afirma que crise não afeta investimentos

Provável candidata do PT à Presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, atraiu a atenção no seminário “Brasil, Parceiro Global em uma Nova Economia”, co-promovido pelo Valor ontem em Nova York. Em meio à crise econômica, coube a ela expor a investidores americanos os principais projetos do governo federal abertos à participação estrangeira.


A ministra, que coordena o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentou oportunidades de investimentos em infraestrutura no Brasil, detalhando particularmente projetos nos setores de transporte, energia e infraestrutura social e urbana. Com isso, o governo espera reavivar o apetite das empresas americanas por concessões no país.


“Os planos de investimentos do governo não foram afetados pela crise”, afirmou Dilma aos investidores. Pelo contrário, a previsão de gastos com investimentos entre 2009 e 2012 saltou para US$ 567,4 bilhões. “Ampliamos os recursos diante da crise”, disse a ministra. “Nós temos condições de implementar políticas anticíclicas. Hoje o governo é parte da solução e não mais parte do problema”, argumentou a ministra da Casa Civil.


Dilma afirmou que o governo brasileiro pretende realizar até 2010 uma série de leilões de concessões (como de estradas e ferrovias) e de serviços (como a dragagem dos 17 principais portos do país). “Nós temos projetos novos, com alta rentabilidade e bastante atrativos”, disse.


O projeto mais destacado pela ministra foi o complexo de cinco hidrelétricas previstas para o rio Tapajós, no Pará. A maior delas, São Luiz do Tapajós, teria capacidade de geração de 6.130 MW. O investimento necessário seria de US$ 5,5 bilhões. Segundo Dilma, o governo mantém a previsão de licitar essa obra em julho de 2010, mas deverá enfrentar crescente pressão contra de grupos ambientalistas. Ainda no setor de energia, “que terá o nível de dispêndio maior” do PAC, a ministra da Casa Civil citou a licitação ainda este ano da usina de Belo Monte, com investimento previsto de US$ 3,3 bilhões e capacidade de geração de 11.180 MW.


No setor de transportes, Dilma ressaltou dois projetos, as concessões das rodovias federais BR 040, BR 116 e BR 381 e das ferrovias Norte-Sul, Leste-Oeste e do trem de alta velocidade.


O leilão para concessão das três rodovias federais deve ser realizado em junho deste ano. O investimento previsto é de US$ 3,5 bilhões ao todo. O último leilão de concessão de rodovias federais, realizado em outubro de 2007, foi dominado pela espanhola OHL, e foi marcado por um forte deságio em relação aos preços iniciais apresentados para a concessão.


A concessão da ferrovia Norte-Sul (1.535 km), com investimento previsto de US$ 2,8 bilhões, deve ir a leilão no segundo semestre, assim como a da Leste-Oeste (1.444 km, com investimento previsto de US$ 1,9 bilhão) e a linha de alta velocidade.


Sobre a licitação do trem de alta velocidade de 550 km, que deverá ligar Rio, São Paulo e Campinas (“onde está localizado o que será o grande aeroporto ‘hub’ do Brasil”), Dilma reiterou que o objetivo é concluir a obra, com orçamento previsto de US$ 11 bilhões, para a Copa do Mundo de 2014. A licitação permitirá aos participantes “apresentarem suas próprias soluções tecnológicas”, disse a ministra. Participantes estrangeiros terão de se associar a empresas nacionais, com o objetivo de transferência de tecnologia. “Além disso, o governo brasileiro se propõe a participar de uma parceria com o investidor ou também do processo de financiamento”. Dilma afirmou, porém, que parte do investimento deverá obrigatoriamente vir do exterior.


As licitações para a dragagem dos 17 principais portos do país, ao custo de US$ 595 milhões, deve ocorrem até o fim do ano, informou a ministra.


A presença de Dilma no seminário despertou a curiosidade de investidores americanos, que buscavam conhecê-la melhor e saber sobre as chances efetivas de ela chegar à Presidência. A ministra foi assediada, assim que chegou e nos intervalos, por americanos e brasileiros. Como se já estivesse em campanha eleitoral, foi solicitada a possar para fotos ao lado de várias pessoas.


A curiosidade em torno da ministra foi em parte satisfeita pela mais longa exposição do seminário. Apesar dos 15 minutos previstos, a ministra falou por mais de 35 minutos e, em seguido, exibiu uma exposição sobre o complexo de hidrelétricas do rio Tapajós, um projeto em fase de inventário e com capacidade estimada de geração de 11.000 MW e esperados cinco aproveitamentos hidrelétricos.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Valor Econômico

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0