Forte queda na demanda de grãos

Com novas correções para baixo em suas previsões para a demanda global de milho, trigo e soja nesta safra 2008/09, expostos em relatório divulgado ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já reduziu em 44,24 milhões de toneladas sua estimativa para o consumo total das três principais commodities agrícolas negociadas no mundo nesta temporada. 


Conforme os novos números, mais baixos que os previstos em fevereiro, a demanda mundial por milho será de 772,45 milhões de toneladas, 3,5% a menos (27,92 milhões de toneladas) que o estimado em outubro de 2008, logo após o aprofundamento da crise financeira irradiada a partir dos EUA. No caso do trigo, o consumo foi reduzido para 648,71 milhões, queda de 1% (6,87 milhões de toneladas) na mesma comparação. Na soja, a redução é de 9,45 milhões de toneladas (4%), para as atuais 225,74 milhões de toneladas.  


Também em relação a outubro do ano passado, as projeções do USDA para a produção das três commodities caiu 10,08 milhões de toneladas no total, em parte por problemas climáticos em países produtores como Argentina e Brasil. A grande diferença entre as quedas da demanda e da produção resultam em elevação expressiva dos estoques finais conjuntos das três, ainda que para a soja o número divulgado ontem seja superior ao de outubro. 


Na bolsa de Chicago, nem foi preciso esta comparação de maior alcance para provocar a queda das cotações dos grãos. Os traders compararam os levantamentos de março e de fevereiro, com reduções de demandas e aumentos dos estoques finais dos três produtos e as perdas derivadas dessa erosão foram expressivas. Em relação a fevereiro, o USDA reduziu a demanda global de milho em 5,02 milhões de toneladas e ampliou os estoques finais em 7,96 milhões; no trigo, a demanda ficou 3,7 milhões de toneladas menor e os estoques engordaram em 5,89 milhões; na soja, a demanda recuou 880 mil toneladas e os estoques ficaram quase estáveis. 



Na bolsa de Chicago, principal referência para os preços globais das três commodities, os contratos do trigo com vencimento em maio (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) recuaram 24,50 centavos de dólar por bushel, para US$ 5,0825. O bushel do milho para entrega em maio (segunda posição) encerraram a sessão de ontem a US$ 3,6450, em baixa de 11 centavos de dólar, e a soja para maio (segunda posição) perdeu 15 centavos de dólar e fechou a US$ 8,62 por bushel. 



Apesar das quedas, são patamares pelo menos 30% superiores às médias históricas registradas até 2006, quando teve início uma disparada que levou as cotações a alcançarem máximas históricas em meados do ano passado. Na época, uma galopante “agroinflação” mundial entrou no radar da FAO – braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação – e gerou uma série de medidas de diversos países para conter a elevação dos preços domésticos dos alimentos. 



“A demanda é o tópico do momento, com especial destaque para as exportações americanas, que estão mais fracas”, afirmou Renato Sayeg, da Tetras Corretora. No mercado de soja, ele destacou a elevação da projeção do USDA para os estoques americanos em particular, a tendência de menor uso de óleo de soja para a produção de biodiesel naquele país e o fortalecimento, mesmo com o enfraquecimento da demanda, da liderança dos EUA nas exportações mundiais, bem à frente de Brasil, o segundo colocado, e da Argentina, no terceiro posto. 



No milho, o USDA voltou a elevar a previsão de demanda para a fabricação de etanol, que vinha sendo ajustada para baixo. 

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Fonte: Valor Econômico

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