Para atender a comunidade que deseja reclamar de possíveis transtornos com as obras de extensão do trensurb de São Leopoldo a Novo Hamburgo, a Trensurb e o Consórcio Nova Via decidiram criar um escritório que deverá estar em funcionamento na próxima semana. Uma central de atendimento funcionará no canteiro de obras do Consórcio Nova Via e funcionários treinados ficarão disponíveis para prestar esclarecimentos à comunidade ao longo da Avenida Mauá, em toda a extensão da obra.
De acordo com o gestor da obra, engenheiro Lino Fantuzzi, a estrutura já tem coordenação definida e vai atender também as dúvidas a respeito de remoção e reassentamento, ou seja, todas as questões em que a obra possa afetar a comunidade. A ideia é mantermos uma pessoa em cada lado do Rio dos Sinos e uma no Centro de Novo Hamburgo para evitar grandes deslocamentos’’, explica o gerente de produção do consórcio, engenheiro Rudimar Berti. O atendimento deve funcionar de segunda à sexta em horário comercial e aos sábados, até as 15 horas.
O novo escritório poderá atender casos como o da última sexta-feira, quando um cano de abastecimento rompeu devido à obra e deixou nove casas da Avenida Mauá, no bairro Bom Fim, sem água.
O cano passa atrás da mecânica de motos de Ederson Divino Fernandes e abastece o estabelecimento, a casa dele e de outras nove famílias ao longo da rua. O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) religou a água da fábrica de plásticos no final da rua e não religou a nossa. Estamos desde sexta-feira sem água’’, afirmou na tarde de ontem.
No seco
A dona de casa Jaqueline Antunes Selistre vem buscando água na residência de parentes e fornecendo para os vizinhos. Ela e o marido deixam uma caixa de 500 litros em cima de um caminhão no quintal de casa. Enchemos na sexta-feira à noite e ontem já não tinha mais porque precisei lavar roupa’’, disse Jaqueline, mãe de três filhos e grávida de mais um.
Berti explica que antes da escavação, o Semae forneceu um mapa das redes no qual não constava o cano que foi quebrado. Pegamos uma rede desconhecida. Chamamos imediatamente o pessoal do Semae para fazer o conserto, mas estes disseram que a ligação era irregular e que, por isso, não poderiam religá-la’’, explica. O coordenador de manutenção do Semae, engenheiro Walter Hoppen confirma que a rede era clandestina e que por isso foi lacrada. Conforme ele, é preciso que os moradores regularizem a situação para voltarem a receber o abastecimento.
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