A estação de metrô do bairro paulistano de Santa Cecília, um dia casa dos barões do café, vai servir de projeto-piloto para o Projeto Encontros, que pretende apresentar atividades culturais e fornecer informações históricas ao público que utiliza a rede de transporte. A mesma ação, de acordo com os responsáveis, atingirá 16 outros bairros ainda neste ano.
A estação Santa Cecília, que abrigará filmes, leituras e outras manifestações culturais, é frequentada por 37 mil pessoas por dia. O projeto piloto foi orçado em R$ 1,2 milhão, de acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella.
A história do bairro será contada de forma cronológica, por meio de adesivos nas paredes do túnel de acesso à estação e serão apresentados shows de música, leituras de livros e curtas-metragens como o recente No Tempo de Miltinho, de André Weller, que está na programação do É Tudo Verdade.
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Debate
As sessões de cinema acontecerão nos finais de semana e nas sextas, num telão de três metros por 1,80 metro, ao lado da cafeteria. Na primeira atividade de leitura, no dia 14, haverá uma oficina de duas horas para debater o livro Capitães da Areia, de Jorge Amado.
A área de 500 m2 terá biblioteca, revistaria, espaço para exposições e um totem multimídia interativo, que trará informações sobre o que acontece nas imediações do metrô -como a programação de museus e outras atividades.
Já que as pessoas irão mais às estações de metrô por conta do aumento da rede, a ideia do projeto é contar a história [do bairro] e requalificar as estações [melhorar a comunicação], diz Portella.
Além disso, estações ligadas a times de futebol -Palmeiras-Barra Funda, Corinthians-Itaquera, Santos-Imigrantes e Portuguesa-Tietê, além da futura São Paulo-Butantã- deverão ganhar memorial dos respectivos clubes, com a exibição de peças históricas.
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