Os passeios turísticos da Maria-Fumaça, carro-chefe do projeto Ferrovia para Todos, estão suspensos há sete meses por de falta de seguro das viagens. Problema de natureza semelhante também manteve paradas por cinco meses três ambulâncias novas adquiridas pela prefeitura, conforme o JC divulgou. Há uma semana, elas entraram em operação, assim como deve acontecer com o trem em, no máximo, um mês.
Segundo o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Cultural, Jair Aceituno, a Capemisa pagou o seguro, após ser procurada nessa gestão. Assim que assumiu e tomou conhecimento do problema, o titular da Secretaria Municipal de Cultura, Pedro Romualdo, encaminhou cercas de três tomadas de preços para resolver a questão, mas não houve interessados. A saída, então, foi buscar auxílio na iniciativa privada.
Para a Maria-Fumaça voltar aos trilhos, resta cumprir algumas formalidades exigidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), informa Aceituno. Quando tudo estiver resolvido, ela voltará a percorrer o percurso de 1.500 metros. Parte do Museu Ferroviário, passa pela estação da Paulista e retorna na altura do Poupatempo.
O trajeto, no entanto, pode aumentar. Conforme o JC divulgou, o prefeito Rodrigo Agostinho se reuniu nesta semana com o prefeito de Avaí, Paulo Sérgio Rodrigo, o historiador Vivaldo Pita, além dos secretários de Cultura, do Desenvolvimento Econômico, Nico Mondelli, e do próprio Aceituno para discutir a implantação de um circuito turístico com o trem entre Bauru e Avaí.
A idéia inicial é que os passeios sejam realizados aos sábados e domingos, por uma locomotiva com seis vagões, com capacidade para 60 pessoas cada um, que percorreria trajeto de 42 quilômetros em 1h45. “A viagem seria cobrada, algo em torno de R$ 20,00. Tecnicamente, a Maria-Fumaça consegue, agüenta. A América Latina Logística (ALL) está reformando a linha, trocando dormentes entre Bauru e Três Lagoas”, comenta Aceituno.
No entanto, o passeio deve incluir outros atrativos. A situação reitera a necessidade de reforma das estações. A da Paulista deve concentrar o museu histórico, que hoje fica na rua Antônio Alves, e o Museu da Imagem e do Som (MIS). Oficialmente criado, não está implementado, mas será montado no local. A abertura oficial está prevista para agosto.
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