Negociação sobre preço do minério está parada

Dois meses após os primeiros contatos oficiais entre mineradoras e siderúrgicas, as negociações de preço do minério de ferro para 2009, que tiveram início no fim de janeiro, continuam na estaca zero. As conversas prometem avançar por mais um ou dois meses e podem até mesmo entrar no segundo semestre, candidatando-se a ser as mais longas da história entre produtores e consumidores do insumo básico da indústria do aço, avaliam analistas do setor. Até agora, este recorde pertencia as mineradoras australianas Rio Tinto e BHP Billiton que fecharam as negociações de 2008 em 26 de junho.


Os analistas continuam apostando na queda do preço do minério com um recuo maior para Rio Tinto e BHP Billiton e menor para a Companhia Vale do Rio Doce por conta do diferencial de preço que favoreceu as duas australianas em 2008. O Credit Suisse e a SLW Corretora projetam redução de 15% para a Vale e de 25% para as australianas. O Goldman Sachs prevê declínio entre 30% (para a Vale) e 40% (para as australianas). O que indica que dificilmente as negociações deste ano vão seguir o sistema benchmark.


O ambiente de conversas tende a piorar bastante neste segundo trimestre, como escreveu o Credit Suisse em recente relatório. Depois de uma melhora na demanda chinesa em fevereiro, com os estoques locais de minério se reduzindo rapidamente e o preço do spot indiano tendo atingido até US$ 84 por tonelada, o spot caiu para US$ 60 a US$ 63 no final de março. A China voltou a estocar o produto, enquanto a procura pelo minério permanece fria na Europa, no Japão, nos Estados Unidos e mesmo no Brasil. Nestas condições, as usinas chinesas voltaram a pressionar por uma queda de 40% no preço do minério, que seria reduzido a US$ 50 a tonelada, em nível semelhante ao de 2007.


A Associação Chinesa de Ferro e Aço (CISA) chegou mesmo a noticiar acordos, inclusive com a Vale, com base neste desconto. A companhia brasileira desmentiu a informação. Esta semana, as notícias dão conta de que a Rio Tinto, a segunda maior produtora mundial de minério, depois da Vale, teria oferecido um corte temporário de 20% às usinas asiáticas após a paralisação das negociações dos contratos anuais de fornecimento. Os descontos teriam sido oferecidos aos principais clientes da mineradora na China. Algumas usinas chinesas teriam recusado o desconto por achá-lo pequeno demais. A oferta da Rio Tinto está abaixo do abatimento entre 40% e 50% que os chineses querem para o preço do minério este ano.


O Credit Suisse não acredita que se chegue a um acordo entre mineradoras e siderúrgicas nestas bases, apesar do comportamento do mercado spot estar apontando para reduções entre 5% a 33% para os minérios brasileiro e australiano. O que ajuda a piorar o clima para negociar o minério de ferro.


A Rio Tinto, como destacou uma fonte do setor de mineração, está bastante vulnerável para liderar um acordo de preço do minério junto com a BHP Billiton. A mineradora continua negociando a venda de parte de suas ações para a chinesa Chinalco, apesar da oposição do governo australiano. O negócio pode render um bom dinheiro (cerca de US$ 20 bilhões) para a empresa pagar parte de sua dívida de mais de US$ 40 bilhões feita com bancos após a compra da canadense do alumínio Alcan. A Vale já afirmou que não vai assumir a liderança do processo este ano, disse o diretor de ferrosos, José Carlos Martins, em fevereiro. “Vamos deixar australianos e chineses se resolverem para ver o que acontece. Ano passado, a Vale seguiu na frente e se desgastou porque os australianos romperam como benchmark”, disse o executivo.


Apesar do ano de comercialização do minério com novo preço ter começado em 1º de abril, até agora as partes não chegaram a nenhum acordo. O momento atual é bastante incerto. O Credit Suisse, no entanto, fez uma projeção mais animadora quanto à produção de aço e ao consumo de minério na China em 2009. O banco suíço prevê para este ano uma produção de 513 milhões de toneladas de aço pelas usinas chinesas devido ao programa de obras de infraestrutura no interior do país. Esta produção aponta, segundo o banco, para uma importação de 474 milhões de toneladas de minério de ferro, ante 444 milhões de toneladas em 2008.

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Fonte: Valor Econômico

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