O sindicato das empresas de ônibus do Rio (Rio Ônibus) e o Trem do Corcovado pretendem instalar, até o segundo semestre, uma garagem de dois pavimentos para atender aos visitantes que chegam de carro à estação do bondinho do Cristo Redentor.
As 320 vagas serão criadas onde hoje há um terminal de ônibus, na Rua Cosme Velho, e funcionarão 24 horas por dia.
Segundo o Trem do Corcovado, o estacionamento vai empregar 180 pessoas, prioritariamente moradoras das favelas dos Guararapes e Cerro-Corá, de onde suspeita-se que mora a maioria dos guardadores ilegais que atuam na região, apesar da presença de PMs e guardas municipais.
— Os militares do batalhão turístico e os agentes da Guarda fazem trabalho maravilhoso na hora de prestar informações ao visitante. Mas é inadmissível que flanelinhas atuem em frente à estação. É perverso porque fazemos campanha para incentivar a visitação ao Cristo — diz o presidente do Trem do Corcovado, Sávio Neves, que julga faltar determinação às autoridades para enfrentar flanelinhas, táxis clandestinos e falsos guias-turísticos que agem no bairro.
Sávio sugeriu que as ruas que cercam a estação sejam controladas pelo sistema Rio Rotativo, da Secretaria municipal de Transportes.
Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes criou um grupo de trabalho que vai terminar em junho um estudo sobre as áreas da cidade que podem ser exploradas por uma empresa escolhida por meio de licitação, a exemplo do que já ocorre com os bairros da orla, cujas vagas serão controladas pela Embrapark.
Sobre a atuação livre dos flanelinhas no quarteirão da estação do Corcovado, a Guarda Municipal informou que os oito agentes que atuam no local têm poder para levar os guardadores ilegais até um policial civil ou militar. Reclamações podem ser feitas na ouvidoria da Guarda pelo telefone 2461-0461. Apesar dos flagrantes, a Polícia Militar se limitou a informar que coíbe a atividade ilegal.
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