Linha 4 não recebe 50% da verba prevista

O governo José Serra (PSDB) investiu metade do previsto na construção da Linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz) do Metrô em 2008. De R$ 1,062 bilhão reservados no Orçamento, foram aplicados R$ 527 milhões. O andamento da obra também atrasou. Alcançou menos da metade da meta estipulada no Plano Plurianual (PPA) – planejamento do governo para o período de 2008 a 2011. O objetivo era construir 47,07% do primeiro trecho, que ligará a Luz, no centro, ao Butantã, na zona oeste, mas concluíram apenas 20,63%. A obra é feita pelo Consórcio Via Amarela e fiscalizada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).


Também houve atraso na ampliação da Linha 2-Verde (Alto do Ipiranga-Vila Prudente), contratada pelo governo. Dos R$ 886 milhões orçados, foram aplicados R$ 729 milhões (82%). Apesar de a maior parte do investimento ter sido feita, só um terço do previsto no PPA foi construído. Não foi entregue 20% do trecho, que ligará as estações Alto do Ipiranga e Vila Prudente.


Ao todo, foi gasto R$ 1,5 bilhão na ampliação da rede metroviária, o equivalente a 77% da verba orçada, de R$ 1,94 bilhão. O governo investiu, porém, em duas obras que não estavam no orçamento. A Linha 5-Lilás (Largo 13-Chácara Klabin) recebeu R$ 233 milhões e a Linha 6-Laranja (Freguesia do Ó-Vila Prudente), R$ 75 milhões. A maior parte da verba, R$ 275 milhões, foi repassada pela Prefeitura. O cronograma original da Linha 4 já havia sido alterado pelo acidente na Estação Pinheiros, que matou sete pessoas em 2007. Segundo o Metrô, a previsão é de que as seis primeiras estações estejam em operação até agosto de 2010. A ampliação da rede é uma das principais peças de propaganda do governo Serra. Na atual gestão, os gastos do Metrô com publicidade aumentaram 1.800%. Passaram de R$ 242 mil para R$ 4,6 milhões mensais. O programa de ampliação prevê investimentos de R$ 20 bilhões entre 2007 e 2010. Além de construir 20 km de linhas do Metrô, ampliará em 160 km as linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).


Segundo o engenheiro Jaime Waisman, professor da Escola Politécnica da USP, o atraso não foi provocado por problemas orçamentários. “Hoje o governo tem dinheiro, algo que no passado sempre foi um problema.” O especialista ressalta que obras complexas, como a do Metrô, estão sujeitas a atrasos. “Há uma série de fatores externos, como questões ambientais e desapropriações, que escapam ao controle.”


Para Luiz Bottura, ex-presidente da Dersa, o acidente na Estação Pinheiros teve impacto na execução. “Mas há uma concentração de esforços na obra (para evitar atrasos). É a menina dos olhos do Serra.”


OUTRO LADO


O Metrô informou em nota que as obras das Linha 2 e 4 não estão atrasadas. No caso da Linha 4-Amarela, segundo a empresa, “o porcentual físico realizado foi menor do que o orçado porque houve uma readequação do cronograma do empreendimento às novas diretrizes de implantação”, em 2008. A estatal afirmou que até agora 80% do cronograma foi concluído.


Já em relação à Linha 2-Verde, a empresa afirmou que, após a elaboração do Plano Plurianual, “atrasos nas desapropriações provocaram a alteração no cronograma”. Segundo a estatal, “o ritmo foi recuperado ao longo da obra, 60% está pronto e a previsão de conclusão será cumprida”. A Estação Sacomã será aberta em dezembro e as Estações Tamanduateí e Vila Prudente, no primeiro trimestre de 2010.


No que tange aos investimentos em publicidade, o Metrô afirmou que “não é possível comparar contratos de épocas diferentes”. E acrescentou que “os usuários precisam saber não só o prazo das obras como também os benefícios”. A empresa também informou que aumentou em 1 milhão o número de passageiros em quatro anos e destacou que “os gastos com publicidade para uma comunicação eficiente garantem a transparência do investimento e bom uso do serviço”. O Via Amarela afirmou que as respostas caberiam ao Metrô.

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Fonte: O Estado de SP

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