Projeto da Ferronorte estaciona em MT

A um ano e meio do término do prazo acordado junto ao governo federal para a conclusão das obras da ferrovia Senador Vicente Vuolo (antiga Ferronorte) entre Alto Araguaia e Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, a América latina Logística (ALL), concessionária dos trilhos, ainda não entregou documentos básicos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a liberação de licenças de instalação. A obra também não está sequer prevista no novo aporte de investimentos obtido pela ALL junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 2,1 bilhões.


De acordo com a assessoria do Ibama em Brasília, embora tenha pedido a licença de instalação até Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), a ALL ‘deve’ ao órgão uma série de documentos considerados básicos à liberação da autorização ambiental. Até agora, o Ibama concedeu o licenciamento estritamente a um trecho de 13 quilômetros. Apesar disso, de acordo com o instituto, ainda está pendente a entrega do projeto executivo referente a esse mesmo trecho por parte da concessionária. Os detalhes se contrastam com o anúncio público, feito no mês passado, da liberação da licença de instalação da ferrovia, feita pela diretoria da ALL, em Cuiabá, durante evento que contou com a participação do governador Blairo Maggi.


Em paralelo, a ALL descarta despender qualquer parte do novo financiamento obtido junto ao BNDES, de R$ 2,1 bilhões, para a construção do novo trecho de trilhos. De acordo com a empresa, todo o aporte será injetado na modernização da estrutura já existente, incluindo as locomotivas, vagões, dormentes e terminais. Ainda segundo a ALL, a pedida de financiamentos junto ao BNDES seria algo rotineiro dentro da política de operação da controladora. Vale destacar que o BNDES participa do bloco de investidores que junto com a ALL adquiriu a Brasil Ferrovias, que detinha a malha da antiga Ferronorte, por meio da subsidiária BNDESPar.


A nova leva de investimentos será aplicada no período de 2009 a 2012 e causou frisson no mercado – o anúncio da liberação do financiamento no BNDES foi antecipado este mês por grandes veículos de comunicação nacionais e confirmado pela ALL em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Porém, a expectativa inicial de que parte do montante seja revertida para os trilhos em Mato Grosso foi frustrada diante do posicionamento da direção da concessionária.


O Fórum Pró-Ferrovia e políticos de Mato Grosso irão cobrar do governo federal o acionamento da ALL para que comece as obras do trecho de 251 quilômetros entre Alto Araguaia a Rondonópolis, que teve o início dos trabalhos anunciados pela concessionária para a partir do final deste mês.


O assunto já foi abordado em reunião entre o presidente do fórum, o vereador Francisco Vuolo, e o deputado federal Wellington Fagundes, ambos do PR. A ideia consiste em pedir à ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma Rousseff, que emita um alerta à ALL sobre o pacto selado com o próprio governo federal envolvendo a construção do trecho Alto Araguaia-Rondonópolis.


Acordo assinado com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, estabelece o prazo de até o fim de 2010 para a conclusão da obra. O mesmo pacto previa a retomada das obras em junho deste ano.


ALERTA – Ainda em 2008, no mês de janeiro, uma empreiteira mato-grossense, a Conspavi, vencia concorrência de mercado aberta pela ALL para a execução do projeto, superando construtoras de renome nacional, como a Odebrecht, Camargo Correa e Constran, com um orçamento de R$ 596,545 milhões. Mas até hoje, os trilhos até Rondonópolis, que dirá até Cuiabá, não saíram do papel. Segundo a ALL o trecho de pouco mais de 250 quilômetros está orçado em R$ 800 milhões.


“Entraves ambientais não podem mais ser a desculpa porque o Ibama tem cumprido o seu papel. Dinheiro também há, numa empresa que têm superávits extremamente fortes. Vemos que a ALL está muito à vontade no processo e que, pelo andar da carruagem, não vai cumprir o prazo acordado por comodismo. Porém, é inconcebível ainda vivermos num país onde concessionárias públicas deixam de lado seu papel social”, critica Vuolo, filho do ex-senador que idealizou a ferrovia há mais de 30 anos e que empresta seu nome à linha férrea. O senador Vicente Emílio Vuolo morreu em 2001.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Diário de Cuiabá

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*