Espanha está de olho na licitação do TAV

O governo e as empresas espanholas estão com disposição política e financeira para disputar a licitação para o trem de alta velocidade entre Rio e São Paulo, anunciou ontem o ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel-Ángel Moratinos. Ao chegar ao Brasil, vindo da Venezuela, na noite de quarta-feira, Moratinos teve uma reunião, já de madrugada, com autoridades brasileiras, entre elas o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e dirigentes do BNDES. O trem-bala foi um dos principais assuntos da conversa.


Para os espanhóis, o projeto do trem de alta velocidade é muito atraente, insistiu Moratinos, que trouxe ao Brasil uma comitiva de executivos de 20 empresas, duas delas, CAF e Tago, do setor ferroviário. Moratinos lembrou que, em 2012, a Espanha deverá ser o país com mais quilômetros de malha ferroviária por habitante, comemorou o sucesso do sistema de trens de alta velocidade no país e disse esperar uma concorrência duríssima no Brasil.


O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, aproveitou uma entrevista conjunta com Moratinos para antecipar uma queixa e uma ameaça velada, que levaria minutos depois ao ministro, durante almoço de trabalho: dificuldades encontradas pelas empresas de construção brasileiras para entrar no mercado espanhol podem provocar retaliações às construtoras espanholas no Brasil, insinuou o ministro brasileiro.


As empresas de construção sentem uma certa dificuldade de entrar no mercado espanhol e isso está em contradição com a grande participação que empresas espanholas têm na construção de estradas no Brasil, reclamou Amorim, em contraste com a alegria de Moratinos, que disse estar satisfeito em liderar uma missão comercial ao Brasil devido à inexistência de demandas ao ministério por parte dos empresários espanhóis.


Amorim disse esperar resolver em breve a queixa das empreiteiras brasileiras, que já foi levada até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao rei Juan Carlos.


Quando se encontra um mercado fechado, com reservas, há uma certa tendência a reagir de forma equivalente, o que não é positivo, afirmou.


Diplomatas espanhóis informam que há reclamações de empresários contra dificuldades de negócios no Brasil, mas dirigidas aos mesmos problemas de que se queixam as empresas brasileiras. Se houvesse alguma demanda espanhola específica, seria apenas para que o Brasil concordasse em firmar um acordo de proteção a investimentos, rejeitado pelo governo brasileiro alegando dificuldades na Constituição.


A Espanha, com estoque de US$ 30 bilhões em investimentos no Brasil, é o segundo maior investidor no país, só abaixo dos Estados Unidos. Moratinos, em conversa antes do encontro com Amorim, fez longos elogios à atuação internacional do Brasil e à estabilidade econômica do país, a quem disse apoiar nas reivindicações de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e de maior participação nos organismos financeiros mundiais, como o Fundo Monetário Internacional. A Espanha, disse ele, contou com apoio brasileiro para ganhar lugar nas futuras reuniões do G-20, o grupo das economias mais influentes, que vem discutindo as saídas para a crise internacional.

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Fonte: Valor Econômico

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