A escavação dos túneis da Linha 4 -Amarela do Metrô, que ligará a região da Luz (centro) à Vila Sônia (zona sul), entra hoje em seu último mês e nos últimos 550 metros . Daqui a 30 dias, o megatatuzão (escavadeira subterrânea) chegará a seu destino final, a Estação Luz, completando a extensão de 6,4 km de túneis que abriu desde o Largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), onde iniciou os trabalhos em março de 2007.
A data também marcará a conclusão da abertura dos 12,8 km totais da Linha 4 – a outra metade, entre Vila Sônia e o Largo da Batata, foi feita manualmente, com máquinas e explosivos, entre 2005 e 2008. Até ontem foram escavados 12.250 dos 12.800 metros, o que corresponde a 95,7% dos túneis completados.
O tatuzão trabalhará, neste último mês, entre 20 e 22 metros de profundidade em pleno centro paulistano. Até ontem, ele tinha aberto 555 metros dos 1.105 de túneis previstos entre as estações República (onde a Linha 4 terá integração com a Linha 3 – Vermelha) e Luz, segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pela obra.
A velocidade média é de 20 metros por dia. A máquina ficou quatro meses parada na Estação República porque todo o peso da estrutura teve que ser transferido para novos pilares, com a Linha 3 em operação a 8 metros de distância da obra. Feita na década de 1980, a estação não previa a passagem de uma máquina como a atual.
Dez estações da Linha 4 já foram escavadas – mesmo as que não vão ser inauguradas na primeira fase, prevista para maio do ano que vem.
Butantã, Faria Lima e Paulista são as três com a construção mais adiantada, onde as obras civis, incluindo plataformas, escadas rolantes e placas indicativas devem estar concluídas já no fim do ano.
Outras três estações – Pinheiros, República e Luz – também abrirão aos passageiros na primeira fase. Na segunda fase, em 2012, devem abrir as estações Morumbi, Higienópolis, Fradique Coutinho e Oscar Freire.
Por causa do desgaste, segundo engenheiros do Via Amarela,não há previsão de reutilizar o megatatuzão em outras obras do Metrô paulistano depois da Linha 4. A máquina, que custou 30 milhões (R$ 79 milhões), em 2006, deverá ser desativada e revendida à fábrica por uma pequena parte do valor de uma nova.
Outra das obras importantes a ser feita pelo Metrô é a reconstrução do Largo da Batata, até o fim deste ano. O local foi descaracterizado para a abertura dos poços de escavação, há quatro anos.
Na semana passada, matéria do JT mostrou que andar pela região, sem calçadas, virou um martírio para os pedestres.
Seja o primeiro a comentar