Teste reprova transporte com fim do fretado

A advogada Vânia Hernandes, que há dois anos usa ônibus fretado para ir de São Miguel Paulista, zona leste, para seu escritório na Avenida Paulista, testou no mesmo trajeto o atual modelo de fretado, o futuro modelo, o transporte público (metrô e ônibus) e carro. Resultado? “Vou de carro.”


Esta também deverá ser a decisão de 20% dos passageiros, segundo a Assofresp, entidade das empresas do setor de fretados. A partir do dia 27, os fretados serão proibidos de entrar na Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados (ZMRF), uma área de 70 quilômetros quadrados, das 5 às 21 horas nos dias úteis.


A restrição adotada pela Prefeitura inclui vias centrais e da zona sul com altos índices de congestionamento, como as Avenidas 9 de Julho, Ibirapuera, Berrini e Paulista. A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) vai remanejar 65 ônibus para as sete linhas de conexão entre os bolsões de fretados. A frota, porém, não será reforçada. Em nota, o Metrô alegou que espera receber “informações detalhadas” da SMT para buscar soluções.


Número – 70 quilômetros quadrados tem a área que será vetada aos fretados entre 5 e 21 horas nos dias úteis a partir de 27 de julho.


Viagem mais rápida não compensa desconforto – O ponto de ônibus da Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, em São Miguel Paulista, estava cheio na manhã de terça-feira. Vânia, de 31 anos, torcia para que um coletivo com destino à Estação Artur Alvim do Metrô chegasse logo. Conseguiu entrar no terceiro veículo. Todos os lugares estavam ocupados e ela foi obrigada a viajar em pé. No meio do trajeto, Vânia conseguiu sentar, mas o conforto durou pouco. Ao chegar ao metrô, a advogada encarou as filas da escada rolante e da espera na plataforma, onde só conseguiu embarcar na terceira composição. Outra reclamação foi o assédio contra as passageiras. “No fretado não sofremos desrespeito.”


Menor custo – Tempo: 1h18; custo R$ 3,75; segurança: péssimo; conforto: péssimo.


Novo fretado – Deixar poltrona e pegar trem: caótico.


No dia 3, a viagem da advogada no fretado foi mais curta. A reportagem propôs que ela cumprisse a nova regra, que entra em vigor em duas semanas: ir de ônibus até a Estação Belém do Metrô, onde haverá um dos 13 bolsões para fretados. Trocar o conforto da poltrona pelo trem não foi fácil. Com a falta de espaço nos vagões, ela embarcou no segundo trem. Logo, a primeira observação: “Se estivesse no fretado, estaria dormindo ou lendo um livro.” Também viajaria sentada. Até o final do percurso, Vânia teve de ficar em pé, com o braço esticado, segurando na barra de aço do vagão. Como foi a viagem? “Uma experiência infeliz.”


Experiência infeliz – Tempo: 1h40; custo R$ 7,75; segurança: regular; conforto: regular.


Automóvel próprio. Lentidão de 9,5 km na Radial Leste.


Vânia raramente usa o carro para trabalhar, mas, a pedido da reportagem, aceitou dirigir os 35 quilômetros entre sua casa e o escritório na Avenida Paulista. Com exceção dos buracos, o percurso foi normal até alcançar a Radial Leste, quando se deparou com engarrafamento. “Está cruel hoje”, disse. Naquela quarta-feira, a lentidão na Radial chegou a 9,5 km. Impaciente, tentou várias vezes mudar de faixa. Não adiantou. E desabafou: “Eu não posso escolher a forma que vou trabalhar, o que é melhor para o meu bem-estar. Isso é restringir o direito de escolha.” Convicta, já tem opinião formada. “A justificativa de que a restrição dos fretados é para melhorar o trânsito não é plausível.”


Maior custo – Tempo: 1h30; custo R$ 12,31; segurança: regular; conforto: bom.


Atual fretado. Mordomia com os dias contados.


O ônibus passa pontualmente às 6h40. Vânia prefere ir trabalhar de fretado pelo conforto, segurança e qualidade de vida. “Os ônibus municipais e o metrô são lotados. Há o risco de ser furtada e assediada.” No fretado, os 47 passageiros têm lugar marcado, em poltronas macias e reclináveis. Durante o trajeto, há 15 paradas para embarque. Dá tempo para ler, ouvir música e dormir. Mas a mordomia está com os dias contados. Em duas semanas entra em vigor a restrição aos fretados, que terão de deixar passageiros em um dos 13 bolsões de embarque/desembarque, sendo 12 em estações do metrô e da CPTM e um no Expresso Tiradentes.


Mais conforto – Tempo: 1h50; custo R$ 5,20; segurança: bom; conforto: bom.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: O Estado de SP

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0