A Alemanha quer aproveitar a experiência na realização da Copa de 2006 para fazer negócios e parcerias no Brasil nas áreas de infraestrutura , organização de grandes eventos e segurança pública. Ontem, um grupo de empresas alemãs capitaneadas pelo ministro da Economia e Tecnologia, Karl-Theodor zu Guttenberg, apresentou um leque de oportunidades que pode oferecer para a Copa de 2014 a representantes do governo brasileiro e do setor privado. O foco está em projetos como o do trem-bala (TAV) entre Rio, São Paulo e Campinas e também em obras de ampliação e construção de portos e aeroportos.
“Dispomos de experiência e temos o objetivo de contribuir para o sucesso da Copa em setores como infraestrutura e serviços”, disse Guttenberg. Ele cumpriu ontem agenda de trabalho em Vitória, onde hoje abre o 27º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, evento que faz parte da 36ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha.
Guttenberg afirmou que, no caso do TAV, a Alemanha pode oferecer dois tipos de projetos: o trem sobre trilhos ou um veículo de levitação magnética. O ministro disse também que existem possibilidades de cooperação entre os governos dos dois países na área de segurança pública com vistas à Copa. E acrescentou que,
do ponto de vista ambiental, a Copa de 2006 na Alemanha foi “neutra” em matéria de emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global. Segundo ele, há 1,3 mil empresas alemãs instaladas no Brasil.
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O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, que acompanhou Guttenberg em Vitória, disse que a reunião realizada com as empresas alemãs deverá ser transformada em sumário-executivo a ser encaminhado a um grupo de trabalho formado entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação das Indústrias Alemãs (BDI).
Em uma segunda etapa, o trabalho deve ser enviado à coordenação da Copa de 2014, hoje sob responsabilidade da Casa Civil. O ministro disse esperar que nos próximos meses seja anunciada a data da licitação do TAV. Guttenberg acrescentou que o governo alemão deve apoiar empresas interessadas em desenvolver projetos no Brasil.
Fonte: Valor Econômico
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