A Trensurb, companhia responsável pela operação dos trens urbanos no eixo norte da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), tem realizado fortes aplicações em tecnologia para garantir melhores serviços aos usuários. O mais recente investimento foi de R$ 1,5 milhão para a melhoria de sua rede de dados. A companhia ainda prevê recursos adicionais de R$ 1 milhão para a segunda fase do projeto na área tecnológica.
Conforme informações da Enterasys Networks, empresa que forneceu os equipamentos que viabilizaram a modernização, a medida possibilitou a criação do CCR (Centro de Controle da Rede) ferramenta, segundo ele, inédita no setor ferroviário. “O centro controla todo e qualquer acesso, liberação de portas, além de controle de todos os ambientes nas estações”, aponta Valdinei Marques, da gerência de informática da Trensurb.
Além disso, o investimento possibilitou a implantação dos sistemas de multimídia nas estações e trens, como som-ambiente nos vagões, e de bilhetagem eletrônica, que, de acordo com a empresa, demandaram investimentos de mais de R$ 25 milhões dos cofres públicos.
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“Tínhamos uma rede muito vulnerável, sem nenhum controle dos equipamentos e políticas de segurança. Chegamos a ficar quatro dias sem sistema, com a empresa toda parada, acarretando não só atrasos no transporte, como também gerando multas por atraso em pagamentos de impostos, além de outros prejuízos”, relembra Marques.
De acordo com Fábio Von Tein, Engenheiro responsável pelo projeto, o principal benefício da medida é a segurança. “Com a melhora na rede foi possível implantar sistemas em todas as estações, com isso, os funcionários e passageiros tem garantia de tranquilidade”, aponta.
Atualmente, a Trensurb conta com 33,4 quilômetros de extensão sob sua administração. São 17 estações de embarque, distribuídas em cinco municípios de Porto Alegre. Ao todo, são 564 computadores ligados em rede, 320 câmeras de vídeo, 198 bloqueios (roletas) e 39 pontos de recarga de cartões de bilhetagem eletrônica.
A estimativa é que os investimentos em tecnologia demandem ainda mais recursos, pois a expectativa é que até 2010 a linha 1 da companhia passe por uma extensão de 9,3 quilômetros, com mais quatro estações que interligarão Porto Alegre a Novo Hamburgo.
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