Cássio Ramos não é mais o inventariante da RFFSA. A informação foi divulgada hoje (quarta-feira, dia 30) no Diário Oficial da União. Ramos, que atuava no levantamento e transferência dos ativos da Rede desde fevereiro de 2007, foi substituído por José Francisco da Silva Cruz, atualmente procurador do quadro suplementar da AGU (Advocacia Geral da União). Segundo o chefe de gabinete da RFFSA, Silvio Batista, o novo inventariante tem o prazo de 30 dias para assumir o cargo. “A função de inventariante substituto, por enquanto, é minha”, diz. A nomeação do cargo é de responsabilidade da Casa Civil.
A notícia pegou de surpresa até os funcionários da extinta RFFSA, que afirmaram não saber o motivo pelo qual Ramos foi exonerado. Fontes do setor acusam a lentidão dos processos de inventariança da RFFSA o motivo da saída de Ramos. Com a efetiva extinção da Rede decretada em janeiro de 2007 pela MP 353, a União herdou nada mais nada menos do que um patrimônio de R$ 21 bilhões entre ativos operacionais (aqueles não relacionados a serviços de prestação ferroviária) e operacionais (arrendados às concessionárias), bens de valor histórico, além de uma dívida acumulada de R$ 15 bilhões (referentes a passivos trabalhista e cível, ambos no valor de R$ 7,5 bilhões).
Seja o primeiro a comentar