Em artigo para o jornal Zero Hora (RS), o deputado estadual Jerônimo Goergen falou sobre a ratificação, no dia 13 de novembro, do protocolo entre os Estados do RS, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul para a criação da Ferrosul.
O próximo dia 13 de novembro será um marco histórico para o transporte ferroviário do RS e do país. Nessa data, como já confirmou a governadora Yeda Crusius a prefeitos gaúchos e parlamentares, será ratificado o protocolo para criação da Ferrosul entre os Estados do RS, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, durante reunião do Codesul no município de Bonito (MS). A empresa será partilhada entre os quatro Estados, em um modelo semelhante ao BRDE. Um trecho da ferrovia já está aprovado até Chapecó (SC), faltando apenas a confirmação do apoio político do governo gaúcho, que será efetivado em Mato Grosso do Sul.
Tive a oportunidade de estar em Curitiba em visita técnica à sede da Ferroeste, empresa pública que faz a malha ferroviária no sudoeste do Paraná e desenvolve o projeto da ligação dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e agora Rio Grande do Sul. Vejo esse passo como vital e transformador do modal logístico de nosso Estado e do desenvolvimento econômico também do país, já que fará a efetiva ligação entre o norte e o sul do Brasil.
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Formaremos um grande cinturão de escoamento da produção da Região Sul para o restante do país e o Mercosul. De acordo com estudos, o ingresso dessa malha ferroviária geraria um impacto econômico em 238 municípios gaúchos.
A ferrovia ocuparia o espaço de uma imensa fronteira agrícola, abrangendo expressivas zonas produtoras de grãos em um corredor fantástico de escoamento. Teremos investimentos em usinas de biocombustíveis e o favorecimento para o transporte de todo tipo de grãos, o que representará alta competitividade e redução de custos para o RS. Nosso compromisso é garantir também a segurança de que não haverá perdas no setor rodoviário, já que entendemos que um ramal de trem como este trará um aumento do volume na demanda.
A Ferrosul ingressaria no Estado pelo município de Nonoai e compreende a implantação de trilhos com bitola dupla, viabilizando uma velocidade de 120 a 160 quilômetros por hora que poderão servir, inclusive, para transportes de passageiros. O único investimento do governo gaúcho seria para montagem do projeto.
Já protocolamos na AL-RS solicitação para formar Comissão de Representação Externa para tratar da implantação da ferrovia junto aos municípios gaúchos, colhendo sugestões das necessidades locais. Estaremos tratando da ferrovia também com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e em audiência pública. Com a entrada do governo gaúcho no processo da Ferrosul, inicia-se uma agenda de governadores em torno da implantação dessa empresa pública, que irá vertebrar o Brasil, através da integração dos quatro Estados, com uma ferrovia do século 21, que irá provocar, sem dúvida, uma revolução logística no interior do país. É o que estamos empenhados em fazer.
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