Italianos e chineses no páreo do TAV

Várias surpresas ontem no Seminário Ferroviário, promovido pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, em Brasília. Primeiro, a presença dos chineses e dos italianos, que até agora tinham se mantido à margem da disputa. Os italianos, representados pelo novo embaixador no Brasil Gherardo Lafrancesca e pelo diretor da área de tecnologia da Ferrovie dello Stato (FS) Enzo Marzili, apresentaram um consórcio formado pela própria FS, empresa estatal; pela empreiteira Impregilo, controladora da Ecovias no Brasil e concessionária da Ayrton Senna e da Imigrantes, entre outras;  e pelas duas Ansaldos, a AnsaldoSTS, de sinalizaçao, que está reformando a sinalizacao do metrô de São Paulo, e a Ansaldo Breda, que está fornecendo 12 trens para o Metrofor.  Na Itália essas empresas tiveram participação importante na construção da “Diretissima”, a linha de alta velocidade que atravessa a Itália de norte a sul, ligando Milão, Florenca, Roma e Napoles, e na construção dos trens da seria ETR, cuja mais nova geração, o ETR 600, alcança 350 km por hora.


Os chineses falaram (em chinês) através de representantes da União dos Ferroviários da China e exibiram seu gigantesco programa de construções ferroviárias, que vai levar a malha do pais dos atuais 80 mil km para 100 mil km em 2012, sendo 13 mil de linhas de alta velocidade e 17 mil quilômetros de linhas para contêineres empilhados, a mais moderna forma de transporte de carga por ferrovia.  Garantiram por várias vezes que já dominam todos os aspectos da tecnologia do TAV, mas não mencionaram os nomes das empresas que a detem. Os trens chineses de alta velocidade, denominados CRH , são fabricados na China pela Siemens, Alstom e Bombardier em associação com empresas locais.


Parecia uma assembléia da ONU. Falaram também os japoneses da Mitsui, os coreanos da Korean Railways,  os alemães da Siemens, os franceses da Alstom e os espanhóis da Renfe, que já haviam se apresentado no seminário da FIESP em setembro. A segunda surpresa foi uma apresentação do Transrapid, o trem de levitação magnética alemão cujo projeto de implantação na Alemanha foi abandonado pelo governo de Berlim há dois anos atrás.  Quem falou foi Roland Kruger, da empresa Max Bogl, com escritório em São Paulo, que garantiu que o projeto continua vivo e com uma nova geração de trens protótipo rodando no campo de teste de Emsland, no norte da Alemanha.  As principais vantagens, segundo Kruger, são rampas de até 10 % — contra um máximo  de 4 % em trens convencionais – e velocidade ate 500 km por hora, contra 350 nos trens convencionais. A Siemens, entretanto, que fazia parte do consorcio do Transrapid na Alemanha, retirou seu nome do projeto.


Outra novidade foi a posição do governo do Rio de Janeiro, representado pelo secretario de Transportes Julio Lopes. Ele defendeu a construção da oficina do TAV no Estado do Rio de Janeiro, entre Resende e Barra Mansa, argumentando que dali deveria sair, no futuro, a segunda linha do TAV, em direção a Belo Horizonte, na mesma direção da Ferrovia do Aço. O trajeto é mais curto do que saindo do Rio e muito mais curto do que saindo de São Paulo, disse ele, e é apenas natural que a segunda linha ligue Belo Horizonte ao Rio e a São Paulo. O secretario anunciou também a intenção do governo do Estado de criar a partir do Instituto Militar de Engenharia, com sede no Rio de Janeiro, uma rede acadêmica para criar no Brasil a cultura tecnológica do TAV.


“O governo do Rio de Janeiro tem o maior interesse pelo projeto do TAV e fará tudo que estiver a seu alcance para que seja realizado e para que possa transformar o vale do Paraíba num novo eixo de desenvolvimento para o Brasil”.

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