Paredes das estações de metrô ganham poesias

Quem vê, Senhora, claro e manifesto/ O lindo ser de vossos olhos belos/ Se não perder a vista só em vê-los/ Já não paga o que deve a vosso gesto. Os clássicos versos do poeta português Luís Vaz de Camões estão, a partir de hoje, nas paredes de uma das entradas do Metrô da Vila Madalena. É um dos cinco poemas que decoram a estação. Ainda há obras de Carlos Drummond de Andrade, Haroldo de Campos, Sá de Miranda e Augusto dos Anjos.


Os versos na Vila Madalena dão início ao projeto Poesia no Metrô. Até o fim de semana, serão instalados 42 poemas de 21 autores da Língua Portuguesa em 34 pontos de oito estações (ainda receberão o projeto Sumaré, Clínicas, Paraíso, Ana Rosa, Chácara Klabin, Santos-Imigrantes e Alto do Ipiranga) e no interior de seis trens. Hoje, a partir das 11h30, um pequeno sarau encabeçado por quatro poetas inaugura o projeto.


A mostra permanece durante três meses nas estações. No ano que vem, a ideia é espalhar os poemas por todas as linhas. Queremos variar os textos que ficarão expostos, diz o poeta Carlos Figueiredo, idealizador da iniciativa. Faremos mostras temáticas e sazonais. Temos o objetivos de sensibilizar o público, levando poesia para o duro dia a dia das pessoas, e estimular a leitura.


Usuários do metrô têm dificuldade para compreender os poemas. O universitário Adilio Novaes Duarte não entendeu o que Camões quis dizer com o que abre essa reportagem. Não tenho costume de ler, afirma o estudante. O poeta Figueiredo explicou ao rapaz que Camões exaltou uma musa elogiando seus olhos. Com os poemas, as pessoas ainda aprenderão a compreender melhor a Língua Portuguesa. Muitos brasileiros não conseguem interpretar textos elaborados, opina Figueiredo. E o artista ainda improvisa alguns versos sobre sua empreitada no metrô: Uma mão estendida/ para a alma/ que tantas vezes, sozinha/ em São Paulo anda/ Só em meio a tantos,/ só não por falta da proximidade de corpos.


De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, a iniciativa integra o Projeto Encontros, que reúne ações culturais nas estações do Metrô. As manifestações transformam o espaço público em um ambiente acolhedor e agradável, diz Portella. Além de oferecer trilhos e trens, queremos contribuir para que a vida do usuário seja menos estressante.

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Fonte: O Estado de São Paulo

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