TAV: próxima parada…Washington?

No fim da Guerra Fria, o instituto de pesquisa ultrassecreto que tinha projetado os submarinos nucleares da União Soviética recebeu um pedido incomum: poderia construir um trem de alta velocidade?


Apesar de sua dependência das estradas de ferro, a URSS tinha ficado muito atrasada em relação ao Japão e à Europa Ocidental em transporte de alta velocidade. O fato de a encomenda ter sido feita ao escritório de projetos Rubin sugere que Moscou considerava sua modernização uma questão de segurança nacional.


O resultado do programa pouco divulgado foi uma locomotiva cinzenta, de nariz redondo, chamada Sokol, falcão em russo, que desapareceu pouco depois da União Soviética. O protótipo atingia a velocidade máxima de 230 km/h – não muito impressionante pelos padrões da alta velocidade. Mas a queda do falcão criou um espaço para a Siemens.
Em dezembro, trens de alta velocidade projetados pelo conglomerado alemão e adaptados para o inverno russo vão disparar pelos trilhos entre São Petersburgo e Moscou. Mas a Siemens espera que seu destino final seja o lanterninha da era da alta velocidade: os EUA.


Durante anos, empresários e políticos sonharam com a entrada dos EUA na era da alta velocidade, mas a Amtrak, a empresa ferroviária subsidiada pelo governo americano, tem enfrentado problemas constantes de orçamentos e serviços.


Hoje, a Siemens e seus concorrentes esperam que a situação tenha mudado. O estímulo econômico aprovado pelo Congresso dos EUA em abril inclui um programa de trens de alta velocidade de US$ 13 bilhões, durante cinco anos. A Siemens é uma das quatro fabricantes desses trens -nenhuma delas baseada nos EUA- que espera se aproveitar disso.


Executivos da Siemens disseram que a tendência à aceitação política da ferrovia de alta velocidade nos EUA representa uma notável oportunidade de negócios. Os EUA são um país em desenvolvimento em termos de ferrovia, disse Ansgar Brockmeyer, diretor da área de transporte público da Siemens, em entrevista a bordo do trem de teste da Rússia, enquanto se viam casas de campo e florestas de faias passarem velozmente do lado de fora.


Para se posicionar competitivamente nos EUA, a Siemens colocou funcionários da divisão de trens em sua fábrica em Sacramento, Califórnia, que produz bondes urbanos.


O novo trem da Siemens – o Sapsan, que em russo significa falcão peregrino- é um candidato para a ligação rápida planejada entre San Francisco e Los Angeles, que poderá ser inaugurada em 2020. A francesa Alstom, que fabrica os trens TGV, e a Bombardier também concorrem. Projetos de trem-bala japoneses feitos pela Hitachi são outra opção.
Foi necessária uma década de negociações intermitentes para que a Siemens assinasse um acordo com as ferrovias estatais russas em 2006, graças ao aquecimento das relações entre Alemanha e Rússia. Os trens de alta velocidade vão competir com as companhias aéreas. A viagem de 645 km do centro de Moscou ao centro de São Petersburgo levará 3h45min.


Em uma viagem de teste, num trecho da ferrovia São Petersburgo-Moscou, a floresta de faias lá fora se transformava em um borrão. Em uma aldeia, uma senhora de xale na cabeça apontou surpresa ao trem prateado em forma de foguete que passou zunindo a 241 km/h.

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Fonte: Folha de São Paulo

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