O governador Sérgio Cabral confirmou nesta terça-feira que até o início de maio serão iniciadas as obras que levarão o metrô até a Barra da Tijuca. O pontapé inicial será dado no trecho da Barra até a Gávea. Em setembro começarão os trabalhos no trajeto de Ipanema até a Gávea. Cabral anunciou ainda uma mudança: a construção de uma estação na PUC. A assessoria de imprensa da universidade informou que a reitoria ainda não recebeu contato oficial, mas estudará cuidadosamente a proposta.
– Em 2016, teremos toda a ligação com a Barra completa, com inaugurações de algumas estações antes disso – garantiu Cabral.
Segundo Cabral, serão necessários cerca de R$ 4 bilhões para concluir as obras. Os recursos virão do próprio estado, da União, da concessionária prestadora do serviço e de empréstimos. Também será usada a receita de vendas dos terrenos das linhas 1 e 2, com os quais o estado espera arrecadar R$ 1 bilhão. Parte do valor, no entanto, terá de ser usado para quitar dívidas trabalhistas.
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A Casa Civil já preparou o primeiro lote de venda de seis terrenos do metrô, cujo edital deve ser publicado até a semana que vem. Serão duas áreas na rua Muniz Barreto, em Botafogo; duas na Rua do Catete; uma na Rua Marquês de Abrantes e outra na Rua Clarice Índio do Brasil, no Flamengo. Com eles, o governo espera arrecadar cerca de R$ 24 milhões.
Visconde de Pirajá: interdições em 2012
De acordo com Cabral, o trecho de Ipanema até a Gávea terá as estações General Osório, Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Bartolomeu Mitre e Gávea-PUC. O segundo trecho sairá da Barra, com parada em São Conrado, até a Gávea. Ele afirmou que os passageiros seguirão no mesmo trem pela Estação General Osório, em Ipanema, sem necessidade de baldeação. O governador admitiu, no entanto, que haverá períodos em que serão causados transtornos no trânsito:
– O que queremos é um traçado do metrô que vá atrás do consumidor, não uma solução fácil de engenharia. Mas haverá transtornos, inclusive com interdição de trechos de vias como a Visconde de Pirajá a partir de 2012, 2013.
O local da estação da Gávea é motivo de polêmica. Desde 2004, havia dúvidas em relação à Praça Santos Dumont ou a PUC. A alternativa da universidade tornaria menor o impacto ambiental do projeto, mas há resistências de especialistas em transportes e na própria PUC.
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