Trem percorre estações sem maquinista

Uma composição da SuperVia que deixou a Estação de Japeri, na Baixada Fluminense, em direção à Central do Brasil apresentou um problema operacional na altura de Ricardo Albuquerque, às 6h15m desta segunda-feira. O incidente fez com que se formasse uma fila de trens parados, causando atrasos de até 40 minutos, segundo a concessionária. Passageiros que estavam na composição relataram que o trem andou de Ricardo de Albuquerque até pouco antes de Oswaldo Cruz (num total de três estações) sem maquinista, em alta velocidade, parando somente quando a energia foi cortada. Eles disseram que o trem era de modelo antigo.


De acordo com os passageiros, o maquinista teria descido do trem em Ricardo de Albuquerque para resolver o problema. A composição, então, saiu andando pelos trilhos, sem comando, e com as portas abertas. Algumas pessoas pularam, e o trem só parou em Deodoro. A SuperVia informou que está apurando essas denúncias.


As pessoas começaram a gritar. O trem estava em alta velocidade e com as portas abertas. Foi horrível


– O trem parou e começou a abrir e fechar as portas. Aí, saiu um monte de gente para ver se vinha outro em outra linha. O trem começou a partir sem maquinista e só foi parar entre Oswaldo e Madureira -, disse um passageiro ao RJTV.
Fabiana, de Mesquita, disse que a velocidade com que o trem passou na estação de Deodoro foi tão impressionante que ela achou que o trem fosse tombar.


O ajudante Carlos de Jesus, de 27 anos, que estava dentro do trem que teria saído sem o maquinista, conta que os passageiros ficaram desesperados. Segundo ele, havia mulheres grávidas e idosos na composição.


– As pessoas começaram a gritar. O trem estava em alta velocidade e com as portas abertas. Foi horrível – lembrou o ajudante que foi até ao serviço de atendimento ao cliente da Supervia na Central do Brasil.


O presidente do Sindicato dos Ferroviários, Walmir de Lemos, confirmou que o maquinista não estava na cabine. Ele tinha saído para fazer uma vistoria e estava no fim do trem. Walmir disse ainda que alguém poderia ter acionado o trem ou poderia ter havido uma falha no sistema de ar, e o trem teria saído pelo declive da pista.


A SuperVia informou ao RJTV que é impossível o trem sair sozinho. Há uma alavanca que precisa ficar acionada e, se ela soltar, o trem para. A empresa informou que o caso está sendo investigado e que, se o maquinista saiu e foi para o fim do trem, como diz o sindicato, a norma diz que ele deveria ter travado tudo.


A concessionária informou que a composição que teve o problema não parou na estação de Ricardo de Albuquerque. A energia deste trem precisou ser desligada, e ele ficou no meio do caminho entre as estações de Deodoro e Oswaldo Cruz. Os passageiros desembarcaram e seguiram pela linha férrea até a estação de Oswaldo Cruz, onde seguiram em outra composição em direção à Central do Brasil.


Segundo a concessionária, o trem que teve problema danificou equipamentos na linha. Funcionários precisaram fazer reparos, o que fez com que os trens do ramal de Japeri e os que passavam pela estação de Deodoro circulassem com atrasos. As composições ficaram paradas em fila aguardando a liberação. O problema, que começou às 6h15m, só foi solucionado às 9h10m.


Alguns passageiros ficaram parados por mais de uma hora e meia na Estação Ricardo de Albuquerque. Eles reclamaram que a SuperVia não deu informações sobre o que ocorreu com o tráfego. De acordo com o motorista Felipe Correia Thumes, de 26 anos, algumas que pessoas pediam o dinheiro ou o bilhete de volta, mas não eram atendidas pelos funcionários da concessionária.


De acordo com passageiros que foram atendidos pelo Serviço de Atendimento ao Cliente da SuperVia na Central do Brasil, a concessionária alegou que o problema teria sido provocado por uma pipa, que cortou o fio de alta tensão. Os passageiros reclamavam que recebiam da SuperVia apenas um protocolo com o número de atendimento e um telefone. Eles queriam um informativo para apresentar no trabalho.


Agetransp diz que mandou equipe para fiscalizar


A Agetransp informou, em nota divulgada no fim da manhã, que tão logo soube dos problemas técnicos no ramal Japeri, enviou ao local equipe de fiscalização para apurar os fatos. Ainda segundo a nota, o Conselho Diretor da agência determinou que fosse instaurado um processo para apurar as causas do incidente. O conselho pediu que a SuperVia forneça, em 24 horas, as informações sobre o caso.


A agência reguladora solicitou ainda os registros do tacógrafo – aparelho que registra a velocidade -, gravação dos diálogos entre o maquinista e a central de operações, registro da última manutenção da composição, termo de depoimento do maquinista responsável pela condução do trem, explicação sobre o desligamento de energia, informe das avarias, dos prefixos, horários e atrasos dos trens em função do incidente e a relação das medidas adotadas para os usuários, entre outras.


A concessionária Supervia divulgou hoje, 19, uma nota informando que já está investigando as causas do incidente de ontem. Leia abaixo a nota na íntegra.


Nota SuperVia


A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A informa que instalou imediatamente uma Comissão de Investigação do incidente de 18/01/2010 e já trabalha junto à polícia civil na apuração dos fatos. Os técnicos da empresa, acompanhados dos policiais e peritos já estiveram no local e no trem, iniciando a apuração dos registros e depoimentos. Todos os detalhes e questionamentos sobre o incidente, apurados pela Comissão de Investigação, constarão no laudo que será entregue à agência reguladora em 30 dias. A SuperVia entende a necessidade de prestar contas à sociedade sobre quaisquer ocorrências relacionadas ao sistema ferroviário de passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e assim o fará, com todo o rigor que o assunto requer, tão logo conclua esta apuração. Necessário ressaltar que qualquer informação neste momento é prematura e incompleta.

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