O professor de Ciências Políticas Paul Nesbitt-Larking, da Huron University College do Canadá, escreveu um artigo dizendo que é um absurdo o seu país, uma potência do G8, não possuir linhas de alta velocidade em seu território. Logo no início do texto, o especialista escreve: “O desenvolvimento de uma rede de alta velocidade deve ser prioridade máxima em nosso país. E, ironicamente, temos a Bombardier, uma empresa canadense que é contribuinte inovadora para as experiências européias de alta velocidade”.
A Bombardier é responsável pelo trem de alta velocidade Zefiro, o mais veloz do mundo atualmente, com seus 380 km/h em operação máxima. Nesbitt-Larking diz que dois principais corredores devem ser feitos: Windsor-Quebec e Edmonton-Calgary, com trens correndo a 300 km/h. De acordo com o especialista, “precisamos levar uma hora entre Toronto e Windsor, três horas entre Windsor e Montreal e por fim, quatro horas no trecho Quebec-Windsor”.
O professor afirma ainda que a alta velocidade gera empregos diretos e indiretos, de curto a longo prazo, além de auxiliar no desenvolvimento econômico nas áreas ao redor dos traçados.
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“A alta velocidade é componente fundamental na sustentabilidade ambiental”, diz o especialista. Os trens não só auxiliam a poupar as emissões de CO2 como são agentes para a expansão de ambientes verdes.
Para o especialista, adotar a cultura da alta velocidade no Canadá é natural, lógica e comprovada. Os canadenses devem abolir comentários pessimistas de que a construção de um TAV é cara, e partir para a nova política econômica do século 21.
Por fim, Nesbitt-Larking acredita que “além dos benefícios econômicos, ambientais e culturais, a alta velocidade promete renovar um sentimento canadense de orgulho e propósito comum”.
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