Estação do TAV deve ter fácil acesso

O superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, alertou ontem em Campinas para a necessidade de os municípios que terão estações do trem de alta velocidade (TAV) investirem fortemente nos acessos a essas paradas, para que o passageiro não perca nos acessos o tempo que irá economizar no trajeto do trem. “As estações precisarão estar conectadas a linhas de ônibus, de metrô e de táxi para garantir a chegada e o escoamento do volume de usuários rapidamente”, afirmou. França disse que a ANTT espera apenas o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) para publicar o edital de concessão do TAV, o que deve ocorrer, afirmou, ainda em abril.


Campinas anunciou recentemente que irá contratar um macroestudo para apontar o que a cidade precisará fazer para que os passageiros da região não percam o trem de alta velocidade que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Uma estação será no Centro, junto ao Terminal Rodoviário e, outra no Aeroporto de Viracopos. Atualmente, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), 100 mil pessoas chegam por dia naquela área no Centro, para acessar o Terminal Rodoviário e o Terminal Metropolitano. Com o TAV, serão mais 50 mil que irão pegar o trem no Centro ou em Viracopos.


A estrutura atual de trânsito não vai comportar esse aumento de fluxo e precisará de intervenções que garantam a acessibilidade do passageiro. O edital para contratar o estudo deveria ter sido publicado no final do ano, mas ainda está em análise na Prefeitura. A Administração segurou uma licitação, de R$ 4 milhões, para a construção de novos acessos à nova rodoviária, que estava prevista com a conclusão do túnel Joá Penteado, para esperar as recomendações que serão feitas no estudo global do entorno. As obras que vão esperar o estudo são dois viadutos, um na Avenida Barão de Itapura e outro sobre a linha férrea, paralela à Rua Pereira Lima e um mergulho a partir da Rua General Euclides Figueiredo, de acesso exclusivo para ônibus.


Todas as cidades que receberem estações precisarão de um plano estratégico para garantir acessibilidade dos passageiros. “Dificuldade para chegar às estações poderá enfraquecer o potencial do TAV”, disse o diretor da ANTT durante evento ontem, promovido pela Associação Regional da Habitação (Habicamp).


Além de facilitar o acesso, os entornos das estações, segundo França, necessitarão de uma infraestrutura forte de serviços, como hotéis, escritórios de negócios e centros comerciais que garantam receitas indiretas ao empreendimento.


O TAV, disse ontem o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), vai mudar a realidade das cidades e Campinas estará preparada para esta nova fase de desenvolvimento que virá com o trem e com a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. “Precisamos que o edital de concessão seja publicado rapidamente”, afirmou.


A distância que será percorrida pelo trem de alta velocidade entre Campinas e Rio de Janeiro é de 511 quilômetros.


Os trens de alta velocidade no mundo são conhecidos, segundo França, por induzir o desenvolvimento regional, aliviando áreas de maior densidade urbana, e reduzir gargalos dos sistemas rodoviário, aeroportuário e urbano. Eles também postergam investimentos na ampliação e construção de aeroportos e de rodovias, reduzem impactos ambientais e emissão de gases poluentes em decorrência do desvio da demanda do transporte aéreo e rodoviário para o TAV, reduzem os tempos de viagem associados à baixa probabilidade de atrasos, provocam aumento do tempo produtivo para os usuários, geram empregos e reduzem os níveis de congestionamento e do número de acidentes em rodovias.


Implantação do trem vai desapropriar 646 famílias


A implantação do trem de alta velocidade (TAV) vai afetar 646 famílias em Campinas, que serão desapropriadas, especialmente entre a Estação Central e o Aeroporto Internacional de Viracopos. Depois de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Campinas é a cidade com maior previsão de desapropriações. No trecho total de 511 quilômetros entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, 3,9 mil famílias serão afetadas pelas desapropriações que terão um custo estimado de R$ 2,2 bilhões. A previsão é de que em janeiro o governo comece enviar à Justiça as primeiras ações de desapropriações, cujos custos serão arcados pelo governo.


A ANTT está trabalhando com o projeto de desapropriar a área no entorno da ferrovia, para manter uma faixa de domínio entre 120 e 140 metros. O estudo de viabilidade, que propôs um traçado referencial, sugeriu que o trem circulasse entre Viracopos e o Centro usando o corredor de carga ferroviária existente. Nesse trajeto, informou o superintendente da ANTT, Hélio Mauro França, existem 592 unidades habitacionais que serão afetadas e pelo menos 54 famílias precisarão ser reassentadas.

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Fonte: Correio Popular

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