Os EUA deverão evitar a adoção de normas de segurança ferroviária de alta velocidade que impeçam as empresas japonesas de competirem em projetos de alta velocidade norte-americanos, disse ontem o ministro dos Transportes do Japão, Seiji Maehara.
Os EUA devem ser flexíveis, porque os requisitos de resistência à colisão européia para trens de alta velocidade são diferentes daqueles no Japão, Maehara disse a repórteres em Washington, após se encontrar com legisladores e reguladores.
O Japão dispõe do mais eficiente sistema de alta velocidade do mundo, o Shinkansen, que é isento de falhas. Desde a década de 1960, quando o primeiro trem-bala japonês iniciou suas operações, não foram registrados quaisquer acidentes. Porém, é um sistema “fechado”, ou seja, quando se constrói uma linha com trens Shinkansen, poderão circular somente estes tipos de trem naquela linha. O mesmo não ocorre na Europa, pois o sistema é aberto, aceitando trens e sinalização de qualquer fabricante.
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Maehara, falando através de um intérprete, disse que foi informado por James Oberstar, presidente do Comitê da Casa de Transportes e Infra-estrutura dos EUA que as normas que serão adotadas pelo país “serão justo a muitos concorrentes”.
A JR Central, operadora estatal japonesa, junto com a Hitachi Ltda., estão entre as empresas que estão considerando exportar sua tecnologia para países como os EUA, onde o Departamento de Transporte liberou verbas de US$ 8 bilhões para 13 corredores norte-americanos.
A JR Central receberá apoio governamental do Japão para a licitação que visa a construção de um Trem de Alta Velocidade na Flórida e de uma linha de levitação magnética em Baltimore. Além disso, a JR East receberá assistência à apresentação de propostas ferroviárias de alta velocidade em Chicago e Califórnia, informou Maehara dia 27 de abril, antes de viajar para Washington.
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