A Rumo Logística, que pertence ao grupo Cosan, apresentou na quarta-feira (28), em Santos, os primeiros 120 vagões HPT adquiridos para o transporte de açúcar entre o interior de São Paulo e o porto de Santos. Os novos vagões permitirão a redução no tempo de descarga de cada vagão de 45 minutos para 1 minuto. Cada vagão tem capacidade para 100 toneladas de açúcar e também podem ser utilizados no transporte de grãos e fertilizantes.
No total, o grupo adquiriu 729 vagões, que estão sendo produzidos pela AmstedMaxion e pela Randon, e 50 locomotivas. As primeiras locomotivas devem ser entregues em maio e o restante dos equipamentos (vagões e locomotivas) programados para chegar até julho deste ano. Esses equipamentos retirarão das estradas cerca de 30 mil caminhões por mês, diminuindo, consequentemente a emissão de CO2 na atmosfera. O custo total empregado em todos os itens é de, aproximadamente, U$ 100 milhões, sendo que os recursos vieram por meio de investidores privados e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As aquisições fazem parte da parceria que a companhia fez com a ALL para o transporte de açúcar e derivados. O acordo prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão ao longo de cinco anos, por parte do grupo Cosan, o maior player de logística do mundo em exportação de açúcar.
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O açúcar seguirá de caminhão até os centros logísticos da Cosan no interior de São Paulo, Jaú, Sumaré e Itirapina (o último em construção), onde serão embarcados nos trens para o porto de Santos, onde a empresa conta com dois berços de atracação de navios e armazéns.
O projeto da Cosan é receber quatro trens por dia, com 120 vagões de 100 toneladas cada, em Santos. Hoje, a empresa recebe composições com 85 vagões.
O grupo Cosan tem capacidade para movimentar 10 milhões de toneladas de açúcar por ano no complexo santista. A expectativa é movimentar 6 milhões de toneladas de açúcar, ensacado e a granel, em 2010. O destino do produto é o Oriente Médio, Ásia, Rússia e Canadá (em menor quantidade).
Hoje, 50% das operações de açúcar são feitas por ferrovia. Há dois anos, a movimentação representava 5%. “A ideia é ter 80 a 90% da movimentação de açúcar por trem”, explica o diretor comercial e de operações da Cosan, Carlos Magano.
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