Em diversas regiões mundo, é comum vermos linhas de trem dividindo cidades ao meio, problema que se transforma em um imenso desafio urbano a ser enfrentado. Não é diferente com São Paulo e acredito que as diretrizes do novo Plano Diretor são bastante corajosas ao propor lidar de frente com esse problema.
Pelo que temos acompanhado do debate, a ideia é que possam ser verticalizados os bairros que são vizinhos às linhas de trens e metrô, muitos deles atualmente ocupados por grandes galpões vazios e por indústrias desativadas. São regiões que foram criadas em uma época em que a cidade tinha um perfil industrial. As ferrovias eram importantes para escoar os produtos que fabricavam. Com a mudança do perfil da capital, é natural que seja buscado um novo tipo de uso para essas regiões.
Aproveitar a estrutura ferroviária já existente e o potencial das novas linhas que estão sendo construídas é a solução mais inteligente. A divisão da cidade por macroáreas e a listagem de instrumentos urbanísticos capazes de induzir ou inibir as construções nos bairros também são alternativas viáveis e eficientes. Mas o debate não se encerra com a apresentação do substitutivo e queremos continuar a discussão a partir dos aspectos técnicos que vão definir para onde vai crescer a cidade.
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Análise: Aluizio de Barros Fagundes – presidente do Instituto de Engenharia
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