O Metrô de São Paulo decidiu rejeitar as propostas apresentadas pelas empresas interessadas na construção do lote 2 da Linha 5-Lilás, que irá a princípio do largo Treze, em Pinheiros, até Capão Redondo e, depois, até a Chácara Klabin. Toda a obra está orçada em aproximadamente R$ 5 bilhões.
O cancelamento ocorreu na última segunda-feira, dias depois da abertura dos envelopes. O Metrô, em comunicado em seu site, requisitou a “reformulação dos preços dentro das condições originais da licitação” até o próximo dia 10. Pelo resultado dos envelopes, o lote foi vencido pelo consórcio Galvão/Serveng. O valor apresentado pelas empresas não foi divulgado.
Procurada, a assessoria do Metrô afirmou, em nota, que “a fase atual é de análise das propostas apresentadas por seis consórcios concorrentes”.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Segundo apurou a reportagem, o motivo da rejeição das propostas foram os preços apresentados, considerados altos demais por técnicos do Metrô -em torno de 30% acima do que a companhia havia estipulado como teto no edital.
Semanas antes da abertura das propostas, as empreiteiras se reuniram e foram até a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos e à presidência do Metrô.
Reclamavam que os preços definidos eram impraticáveis em relação aos valores atuais do mercado. Apesar da reclamação, Metrô e secretaria decidiram continuar o processo.
Com o adiamento, as 13 empresas que disputam os sete lotes remanescentes da obra terão de refazer as propostas e entregá-las novamente, para uma nova concorrência do lote 2 da linha 5-lilás.
Por causa do adiamento, a abertura dos demais seis lotes que completam a linha também vai atrasar. O lote 1 foi licitado no ano passado, ficou para a Constran/Contrucap e a obra já está em andamento.
Pela programação do Metrô, a primeira estação da linha lilás tem de estar pronta em agosto, e a segunda, em outubro.
Em agosto do ano passado, foi iniciada essa parte da obra, entre o largo Treze e a futura estação Adolfo Pinheiro. Quando chegar até à Chácara Klabin, serão 11,4 kms de via, 11 novas estações e mais 26 trens, segundo dados do Metrô.
Outras linhas, como a 2-verde, já estão com atraso. As estações Tamanduateí e Vila Prudente, por exemplo, deveriam ter sido entregues dois meses atrás, mas ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. Na linha 4-amarela também há atrasos. Pelo cronograma do Metrô, os terminais na praça da República e da Luz deveriam ter sido inaugurados em janeiro, mas ficaram para dezembro.
Seja o primeiro a comentar