Trens do Rio começam a ser fabricados na China

Rio – Trens comprados pelo Governo do Estado já começaram a ser fabricados na China Trens chineses com padrão europeu. Assim serão os 30 trens comprados pelo Governo do Estado e já em fabricação na China, que começam a chegar ao Rio no início de 2011. Os passageiros que utilizam os trens para se deslocar na Região Metropolitana vão se surpreender com o padrão das novas composições.


Com design futurista, os novos carros contarão com bancos estofados, TVs de LCD, bagageiros, ar-condicionado, displays informativos, câmeras de segurança e todos os recursos de acessibilidade, garantindo aos usuários comodidade e segurança durante as viagens.


Para adaptar os trens aos padrões do usuário brasileiro, foram necessárias algumas mudanças no projeto original, tendo em vista as diferenças de estatura, hábitos sociais e necessidades entre os  brasileiros os europeus.


Trabalhamos juntos com os engenheiros chineses e alemães antes de chegarmos a um consenso. Apesar do ótimo padrão de qualidade dos trens europeus, era necessário fazer algumas alterações, como a dimensão dos bancos e a altura das barras de ferro, para que os brasileiros se sintam confortáveis nos vagões, explica o diretor administrativo da Central, Maurício Pessoa.


Uma das novidades que os novos trens terão e vão agradar a muitos usuários são os bagageiros. Os mesmos entraram no projeto a partir de um estudo que constatou que o brasileiro carrega em média um peso de 7 kg nas mochilas, sacolas de compras ou pastas de mão.


Os bagageiros vão garantir mais conforto aos passageiros, que muitas vezes carregam muito peso, além garantir maior espaço no vagão, já que as mochilas muitas vezes ocupam um espaço desnecessário, ressaltou o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.


Para garantir total segurança aos usuários, cada vagão contará com quatro câmeras internas, que serão monitoradas pelo maquinista. Assim, da cabine de comando, ele poderá identificar qualquer tentativa de travamento de portas, princípio de tumulto ou violência. As imagens também poderão servir à polícia, uma vez que ficarão armazenadas por um determinado período.


Além das câmeras de segurança nos vagões, os novos trens, diferentemente dos atuais, contarão com espelhos retrovisores, que vão auxiliar os maquinistas quanto ao travamento das portas na hora das partidas e durante as viagens. Hoje, para fazer este controle, o maquinista faz o acompanhamento colocando a cabeça para fora da janela. Em qualquer eventualidade, os passageiros também poderão entrar em contato com o maquinista através de um interfone localizado junto às portas.


Para manter a refrigeração dentro das composições, botões de travamento, localizados junto às portas, evitarão que, fora dos horários de rush, todas as portas se abram desnecessariamente. Assim, o passageiro poderá acionar a abertura de porta apenas quando for saltar, mantendo a temperatura dentro dos vagões, como acontece em diversos países europeus – lá, mais para evitar a entrada do frio do que a saída dele.


Os novos trens comprados pelo Governo do Estado também contarão com um amplo sistema de comunicação. Displays localizados nas cabeceiras e no centro dos carros informarão as referencias da viagem – como partida, destino e próxima parada. TV’s de LCD, quatro em cada carro, vão deixar as viagens mais agradáveis e interessantes. Elas serão utilizadas para veiculação de campanhas educativas e informações relevantes.


Cada trem é composto por quatro vagões que acomodam, juntos, 1.300 passageiros. Para garantir conforto aos mesmos, foram confeccionados bancos com assentos e encosto acolchoados, que garantem a individualidade dos usuários.


A acessibilidade também ganhou destaque nos trens que têm, em cada vagão, oito lugares com cores diferenciadas, destinados a pessoas com necessidades especiais, idosos e gestantes. Cada trem apresenta, ainda, dois espaços reservados para cadeira de rodas e cães guias. Existe ainda sinalização luminosa de portas em movimento para deficientes auditivos. 


Com a licitação mais rápida da América Latina e mais econômica do Brasil, os 30 trens foram comprados com financiamento de US$ 211 milhões do Banco Mundial e US$ 9 milhões do Estado. Desta quantia, o estado economizou US$ 54 milhões, que serão utilizados para a aquisição de mais quatro trens.

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