A Vale iniciou oficialmente nesta terça-feira, 22 de junho, as obras para a construção da Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá. Antiga aspiração do povo paraense, a usina siderúrgica está localizada no Distrito Industrial de Marabá, no Pará, e terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas. A Alpa recebeu a Licença Prévia (LP) em 31 de março deste ano. Já a Licença de Instalação (LI), que permite o início da primeira etapa da obra, a terraplenagem, foi liberada na última terça-feira, dia 15. A entrada em operação da usina (alto forno, aciaria e laminação) está prevista para o final de 2013. A Alpa tem investimento estimado em R$ 5,8 bilhões e geração de 16 mil empregos na fase de implantação. Na operação deverão ser mais 5.300 empregos diretos e outros 16 mil indiretos.
A Alpa é um investimento 100% da Vale e trará vantagens competitivas para o Estado do Pará, uma vez que agregará ainda mais valor ao minério de ferro extraído das minas de Carajás, no município de Parauapebas (PA). Em novembro de 2009, a Vale e Aço Cearense assinaram Memorando de Entendimentos para implantação das linhas de laminação da Alpa: bobinas a quente (710 mil toneladas ano), bobinas a frio (450 mil toneladas ano) e galvanizados (150 mil toneladas ano).
Além da usina siderúrgica para produzir placas e aços laminados, o empreendimento compreende um sistema totalmente integrado: a construção de um acesso ferroviário, para receber o minério de ferro de Carajás; e a construção de um terminal fluvial no rio Tocantins, para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o Terminal Portuário de Vila do Conde, em Barcarena (PA). Além de atender à produção da siderúrgica, a futura hidrovia deverá servir a outras atividades socioeconômicas da região.
Foco na formação de profissionais da região
Para a capacitação de profissionais especializados para o empreendimento, a Vale e os Governos Federal, do Estado do Pará e do município de Marabá desenvolverão programas de formação, capacitação e qualificação voltados para a comunidade regional. Nesse sentindo, o primeiro passo foi dado com o lançamento do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, em novembro do ano passado, com o objetivo de qualificar moradores residentes na área de influência do projeto para que possam concorrer aos postos de trabalho que serão gerados na região em função da implantação da nova siderúrgica e de outros empreendimentos.
Em janeiro deste ano foram iniciadas as aulas do Programa direcionado, prioritariamente, a Aços Laminados do Pará. O programa conta com parceiros, como o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), Sistema Nacional de Emprego (Sine), Obra Kolping do Brasil, Inove, além dos governos federal, estadual e municipal. Dezessete cursos de formação fazem parte do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, que abrange, também, as áreas de ajud Em janeiro deste ano foram iniciadas as aulas do Programa direcionado, prioritariamente, a Aços Laminados do Pará. O programa conta com parceiros, como o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), Sistema Nacional de Emprego (Sine), Obra Kolping do Brasil, Inove, além dos governos federal, estadual e municipal. Dezessete cursos de formação fazem parte do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, que abrange, também, as áreas de ajudante de obra civil, mecânico montador, mecânico ajustador, carpinteiro, montador de andaimes, auxiliar de topografia, soldador e eletricista. Os treinamentos acontecerão ao longo de 2010 e 2011.
Desenvolvimento da siderurgia no Brasil
Os projetos siderúrgicos nos quais a Vale está diretamente envolvida totalizam R$ 39,5 bilhões, com geração de mais de 80 mil empregos na implantação. Na operação, todos os projetos juntos deverão gerar mais de 18 mil empregos diretos e 52 mil indiretos. Além disso, estes projetos irão somar 18,5 milhões de toneladas por ano à produção siderúrgica nacional, que em 2009 foi de 42,1 milhões de toneladas de aço bruto, segundo o Instituto Aço Brasil.
A estratégia de longo prazo da Vale na siderurgia é promover o consumo de minério no Brasil apoiando o desenvolvimento do setor siderúrgico no país. Entendemos que o Brasil é o melhor lugar para se produzir aço. Por isso, temos estimulado parcerias com nossos clientes para aumentar a produção no país, explica o diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli.
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