Infraestrutura no foco dos cotonicultores

Os produtores de algodão já planejam como usar os recursos do fundo compensatório de US$ 147,3 milhões anuais a que têm direito pelo acordo firmado para evitar retaliações do Brasil por subsídios ilegais dos Estados Unidos aos seus cotonicultores.


Depois de criar o Instituto Brasileiro do Algodão, os produtores receberam US$ 34,3 milhões do governo dos EUA. Os planos preliminares incluem investimentos em infraestrutura e logística para o escoamento da safra nacional. Os produtores projetam construir terminais portuários, unidades processadoras e armazéns para a fibra. Avalia-se, ainda, aporte do fundo em ferrovias. “Poderíamos investir, depois terceirizar a administração e gerar receita futura para alimentar novas ações”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha.


Pelo acordo bilateral, o fundo compensatório receberá US$ 12,3 milhões todo mês. Ao fim dos dois anos do acerto, que manteve congelada retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), os produtores terão recebido US$ 294,6 milhões dos americanos.


Ainda falta formar os conselhos gestor e diretor do novo fundo. O governo deve nomear três representantes para auxiliar outros três dirigentes do setor privado a administrar os recursos. Em seguida, serão indicados o presidente-executivo, que deve o próprio Haroldo Cunha, e um diretor administrativo e financeiro. Só eles terão poder para gastar o dinheiro.


Pelas regras legais em vigor nos EUA, os recursos do fundo não podem ser usados em pesquisas. Também não podem financiar subsídios diretos ao produtor. “Teremos muito cuidado na aplicação desse dinheiro, com regras claras de governança, porque eles podem suspender o envio se for constatado algum uso não permitido”, avalia Cunha.


Mesmo assim, a compensação por danos causados pelos subsídios americanos pode ajudar projetos de combate a pragas e doenças que afetam o algodão, como o temível bicudo.


Para controlar o avanço da praga, que dizimou lavouras no Nordeste, Paraná e São Paulo na década de 1980, a Abrapa calcula necessitar de US$ 150 milhões anuais até 2015. A situação é tão delicada que os EUA demoraram 25 anos para controlar o bicudo. “É um projeto audacioso que vai demandar muito dinheiro”, afirma o executivo da Abrapa.


Os produtores planejam, ainda, financiar com uma parte desses recursos campanhas de promoção comercial e marketing para incentivar o uso do algodão. “Só não podemos focar no produto brasileiro porque, aí, seria competição direta com os americanos. Seria algo mais institucional”, diz Cunha. Nesse caso, deve haver parceria com a Cotton Incorporated, empresa ligada ao governo dos EUA.


Os planos dos produtores de algodão também contemplam investimento em projetos ambientais e trabalhistas desenhados pelo setor privado e em andamento. O Instituto Algodão Social, criado em 2005, está incumbido de implantar a chamada responsabilidade social nas lavouras. O objetivo é evitar sanções comerciais ao produto brasileiro no exterior, onde os compradores estão cada vez mais atentos a questões como uso de trabalho escravo e infantil.


O Programa Socioambiental da Produção de Algodão (Psoal) também cuida de aspectos sociais, mas com foco mais voltado a questões ambientais, sobretudo o uso de agrotóxicos e coleta seletiva de resíduos nas lavouras.


Outra opção dos produtores é financiar projetos de capacitação e formação de recursos humanos no setor, além de programas específicos de assistência técnica e extensão rural.

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