O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse hoje (28) que as críticas ao projeto de construção do trem de alta velocidade (TAV), que vai ligar o Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas, representam um “falso dilema”. Segundo ele, o governo não está optando por colocar os recursos nesse projeto em detrimento de outros, pois a maior parte dos investimentos virá da iniciativa privada.
“Às vezes ouvimos afirmações dizendo que é melhor colocar os R$ 33 bilhões para fazer obras metroviárias, ou outras alternativas para a aplicação dos recursos. Mas o governo não está pegando recurso fiscal para gastar na alternativa A ou B”, comentou o ministro.
Passos explicou que, dos R$ 33 bilhões previstos para a construção da obra, R$ 3,4 serão do Tesouro e o restante virá dos empreendedores responsáveis pela obra, que poderão também tomar empréstimos públicos ou trazer fundos de outros países.
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“Quando se coloca a crítica ao investimento do TAV como se houvesse uma alternativa e o governo estivesse com esse dinheiro para colocar em favor de outros projetos alternativos, isso não se sustenta”, ressaltou o ministro.
Em relação aos prazos para a construção do projeto, o ministro disse que “em engenharia, quem diz melhor os prazos é quem faz”. Segundo ele, o governo pretende iniciar as desapropriações no próximo ano, assim que for conhecido o vencedor do leilão e o traçado final da obra.
O ministro não quis adiantar como estão as negociações com os interessados em construir o trem, mas disse que existe um “caldeirão de possibilidades”. Segundo ele, grandes e médias empresas brasileiras e estrangeiras estão manifestando interesse em participar do leilão, que deve ser realizado em dezembro deste ano.
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