Embarcar para uma viagem em trens antigos que percorrem paisagens deslumbrantes, passam por cenários da história brasileira ou ressaltam características culturais. Valorizar esse itinerário turístico é a proposta de um projeto que visa a recuperar linhas como a do Trem do Corcovado (RJ), Trem do Pantanal (MS), o Trem do Forró (PE) e o Trem da Serra do Mar (SC).
No total, são 24 linhas que serão recuperadas ou revitalizadas também nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, dentro do projeto “Desenvolvimento da Competitividade e Gestão das Operadores e Empreendimentos de Trens Turísticos”, uma parceria entre o Sebrae e Associação Brasileira dos Operadores de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC).
Representantes de entidades como o presidente da Federação Nacional dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Alexandre Sampaio, o vice-presidente do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Eraldo Alves da Cruz, representantes de prefeituras e profissionais de turismo foram convidados, segunda-feira (19), para conhecer mais detalhes do projeto, em reunião no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) do Sebrae, na praça Tiradentes, Centro do Rio de Janeiro.
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“Neste momento de retomada, em que o País vai receber uma sequência de eventos como a Copa e os Jogos Olímpicos, esse convênio vai propiciar um avanço desse segmento turístico. Essa é mais uma grande oportunidade para cumprir sua missão”, avaliou o diretor técnico do Sebrae no Rio de Janeiro, Evandro Peçanha. “O País tem muito a ganhar com os trens turísticos, com a valorização de diversos aspectos culturais e promoção do desenvolvimento”, ressaltou o presidente da ABOTTC, Sávio Neves.
O projeto conta com um orçamento de mais de R$ 2 milhões e o calendário de trabalho prevê uma série intensa de atividades para os próximos dois anos, como oficinas de gestão, consultorias, pesquisa diagnóstica dos empreendimentos e mensuração dos resultados. As ações do projeto serão norteadas pela necessidade de articular os diferentes atores, como empresários, dirigentes e profissionais do turismo para a necessidade de modernizar a atividade, com foco na qualidade empresarial.
A estimativa do setor de turismo é que existam cerca de 700 empreendimentos nos pontos de paradas, estações de embarque e desembarque no entorno, o que envolve também agregar produção associada como artesanato, souvenir e gastronomia.
“Este é um projeto de valorização da arquitetura, turismo e das vivências. Além de estimular os pequenos negócios, que vão ganhar mais qualificação, representa também a inclusão de muitos trabalhadores como Empreendedores Individuais. As viagens de trens são muito atrativas e podem contribuir significativamente para um maior desenvolvimento do ambiente econômico local”, ressaltou o gestor do projeto pela ABOTTC, Luiz Carlos Barboza.
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