O presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, descartou nesta quarta-feira o surgimento de fabricantes de trilhos no país para atender à demanda que virá pela construção do trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.
O projeto estimado em 33 bilhões de reais deve utilizar cerca de 400 mil toneladas de aço para os trilhos, segundo Lopes, uma escala considerada baixa para puxar nova produção no país.
Várias empresas analisaram e não acharam econômico abastecer o país de trilhos só para essa demanda, disse o executivo.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Ele lembrou que no passado a Companhia Siderúrgica Nacional produzia trilhos no país, mas parou por falta de demanda em volume suficiente para justificar a produção.
Tudo se resume ao fato de ter planejamento, disse Lopes a jornalistas, após divulgação das novas projeções do instituto para 2010 e dos dados do setor em junho.
O trem de alta velocidade, conhecido também por trem-bala, tem previsão de término em 2016 para atender às Olimpíadas no Rio de Janeiro, mas o governo acredita que poderá eventualmente ficar pronto a tempo da Copa do Mundo de futebol de 2014.
O projeto contempla a criação de uma estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, que terá participação minoritária na concessionária do projeto.
Seja o primeiro a comentar