A Vale vai investir em um projeto de infraestrutura US$ 7,8 bilhões (R$ 13,8 bilhões) até 2015, quase o triplo do que o governo reservou no PAC 2 para melhorias nos portos -R$ 5,2 bilhões.
Os recursos são destinados à extensão e à duplicação da ferrovia de Carajás e à construção de um novo píer no terminal marítimo de Ponta da Madeira (MA), porto pelo qual a mineradora escoa a maior parte de sua produção de minério de ferro.
Os investimentos integram a parte de logística do projeto da nova mina de Carajás Serra Sul, que inicialmente prevê a extração de 90 mil toneladas de minério de ferro ao ano até 2015 -hoje, a capacidade total da companhia está pouco acima de 300 mil toneladas/ano.
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Ao todo, o empreendimento está orçado em US$ 11,297 bilhões -o maior da história da Vale.
Os investimentos na ferrovia e no porto já preveem uma expansão futura da nova mina -que fica próxima da atual jazida de Carajás- e antecipam um crescimento da demanda pelo produto.
“Investimos fortemente em logística para gerarmos capacidade suficiente de atendimento às novas demandas que virão”, disse Mauro Neves, diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Vale.
Pelo projeto, a Vale vai ampliar em 100 km a ferrovia de Carajás para conectá-la à nova mina. Também vai duplicar 605 km de trilhos, com o objetivo de aumentar a capacidade de transporte de minério de ferro -produto que corresponde a 35% do volume movimentado nos portos brasileiros.
Só o novo píer consumirá US$ 1 bilhão e permitirá o atracamento dos supernavios de carga da China. Terá 25 metros de profundidade e capacidade de carregamento simultâneo de dois navios. A obra estará pronta em 2014.
Ao todo, o terminal portuário receberá investimentos de US$ 2,6 bilhões até 2015 para aumentar a capacidade de embarque para 230 mil toneladas de minério de ferro até 2015 -em 2009, foram movimentados 87,3 milhões de toneladas.
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