A licitação do monotrilho de Manaus, que vai do Terminal 4 (T4) de ônibus, no Jorge Teixeira, ao Centro da Cidade, à altura da Praça da Matriz, deve ser adiada outra vez. A apresentação de propostas está marcada para o dia 9 de agosto, com cinco dias para julgamento, mas, diante da licitação de São Paulo, prevista para outubro, os quatro únicos fornecedores mundiais de trens, Bombardier (Canadá), Hitachi (Japão), Intamin (Suíça), Scomi (Malásia) e seus consórcios, devem esperar para especular com os valores, em busca de valor mais elevado.
O preço é a questão central para a dificuldade que Manaus e São Paulo estão enfrentando.
A Prefeitura de São Paulo projeta um monotrilho com 23,8 quilômetros e 54 trens, no valor de R$ R$ 2,375 bilhões. O de Manaus, com 20,2 quilômetros, terá apenas 10 trens de cinco a oito carros cada – dependendo da empresa vencedora, desde que transporte 20 mil passageiros/hora por sentido e 200 mil/dia – e o preço estimado de R$ 1,327 bilhão. “Quem ganhar a concessão para operar o sistema terá que, entre suas obrigações, acrescentar mais oito trens, para atingir um total de 18 em operação”, informa o secretário estadual de Planejamento do Amazonas, Marcelo Lima Filho.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Serão 9 estações em Manaus, quatro delas de integração. “O preço final varia porque leva em conta valor de subestação de energia, custos de desapropriações e tamanho das estações. A licitação de São Paulo, por exemplo, não contempla a construção das estações, que está previsto na nossa”, disse Marcelo.
Histórico
A primeira tentativa de concorrência para o monotrilho (Nº 08/2010), feita pelo Governo do Amazonas, foi revogada ainda no período de pré-qualificação, em janeiro deste ano. A força tarefa dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, que acompanha a construção da infraestrutura para a Copa do Mundo, apontou uma série de problemas no edital.
A licitação deveria acontecer no dia 26 de fevereiro (Nº 026/2010), mas ninguém apresentou proposta e ela foi considerada deserta.
Foi aberta então a concorrência Nº 031/2010, com edital lançado em 12/03, adiada em 28/04, 12/05 e 28/06, agora marcada para o dia 9 de agosto, com cinco dias para julgamento.
Seja o primeiro a comentar