Além de ser responsável pela modernização e ampliação da área do Aeroporto Internacional de Miami (MIA) que recebe 95% dos passageiros que transitam por ali, a Odebrecht levou as concorrências para projeto e construção do MIA Mover, veículo leve sobre trilhos que fará a conexão do aeroporto ao Centro Intermodal de Miami (MIC, na sigla em inglês), e do ramal do metrô que conectará esse último empreendimento à linha já existente. Juntos, somam mais de US$ 700 milhões e estarão concluídos entre setembro de 2011 e abril de 2012.
De acordo com Luiz Simon, diretor da Odebrecht responsável pelo contrato do MIA Mover, a capacidade de transporte do trem, que utiliza pneus e é alimentado via rede de energia, tem de estar próxima à dos trens do Airport Link (nova linha do metrô), para que não haja gargalos no atendimento aos passageiros que chegam ou saem do aeroporto. Dessa forma, o trem leve terá capacidade para 3,3 mil pessoas por hora e poderá chegar a 6,6 mil pessoas por hora mais à frente. Os carros já estão sendo fabricados no Japão pela Mitsubishi, que será responsável pela operação do veículo.
À Odebrecht, diz Simon, coube o projeto, incluindo a definição do sistema do trem, e a construção de toda a estrutura, equivalentes a US$ 260 milhões do valor total do contrato. Serão cerca de 2 quilômetros de trilhos em estrutura de concreto elevada, entre 15 e 20 metros, e uma subestação de energia. “O projeto vai diminuir em 30% o tráfego de ônibus utilizados pelas locadoras de veículos para levar clientes do aeroporto ao MIC, com economia de US$ 650 mil ao mês.”
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Para usuários que estão no aeroporto e têm como destino o MIC, não haverá tarifa para uso do trem leve, bem como para aqueles que já estejam utilizando a linha de metrô. Do MIC, onde chegará o trem leve que parte do aeroporto e foram concentradas todas as locadoras de carros, antes distribuídas no entorno do aeroporto, partirá um ramal do metrô, hoje com 22 estações. Também elevado, o projeto, batizado Airport Link, é tocado pela Odebrecht e pela OHL USA. Estará implementado em 36 meses, contados a partir de abril de 2009. Segundo Paulo Brito, diretor da Odebrecht responsável pelo contrato, características geológicas fizeram com que todo o metrô da cidade fosse suspenso. Daí a necessidade de a nova linha, que terá 3,7 Km de extensão, também ser elevada. “No horário de pico, pode haver um trem com capacidade para até 240 passageiros a cada 15 minutos”, conta.
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