A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, quer redistribuir a matriz de transporte brasileira, caso seja eleita. A ideia é estimular a retomada da cabotagem e a ampliação das operações ferroviárias, além de ter o Porto de Santos como principal elo da cadeia logística nacional.
Os planos de Dilma para o setor de transportes foram revelados ontem, no Santos Export 2010 – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, realizado em Brasília, pelo coordenador executivo do programa de governo da candidata, Alexandre Teixeira. Por problemas na agenda, ela não pode participar do evento.
O Santos Export é uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação e uma realização da Una Marketing de Eventos. Teixeira expôs que a petista não está satisfeita com a predominância do modal rodoviário para levar a produção nacional aos portos, especialmente em Santos, o maior do País. Sem um sistema multimodal, é quase inviável falar em crescimento do comércio exterior brasileiro. O rodoviarismo excessivo mata nossa competitividade, além de ser caro.
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A solução, segundo Teixeira, é manter os investimentos do governo Lula na infraestrutura, e concretizar o uso das ferrovias, hidrovias e da cabotagem para agregar valor ao produto ao mesmo tempo em que diminui o custo Brasil. A posição da candidata Dilma é firme: o crescimento do sistema logístico passa pela melhoria do sistema logístico como um todo, tendo como pilar a ampliação do Porto de Santos.
Teixeira lembrou também que o Governo Federal aplicou cerca de R$ 400 milhões só na melhoria da acessibilidade a Santos, verba proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) original. No próximo mandato, a segunda versão do programa, o PAC 2, deve aplicar mais R$1,5bilhão.
Para o coordenador do programa de governo da petista, outra saída é facilitar os investimentos por parte da iniciativa privada, através do fortalecimento da indústria naval e de marcos regulatórios para a ferrovia, por exemplo. Se não fizermos isso, dar condições para um sistema com estrutura logística e infraestrutura eficientes, não conseguiremos ser competitivos no mercado internacional.
A lista de prioridades da ex-ministra da Casa Civil para o setor portuário engloba a continuidade do programa de dragagem, facilidade para as empresas adquirirem equipamentos, implantação de plataformas logísticas, obras para acessibilidade, qualificação da mão de obra, incentivos à indústria naval, à cabotagem e às ferrovias. A candidata dará atenção redobrada para o Porto e para o retroporto. O Porto de Santos vai ser cada vez mais importante para a economia brasileira. Na visão dela, não vai haver crescimento e desenvolvimento sem um Porto de Santos ainda melhor.
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