A Vale recebeu aprovação da Assembleia Legislativa de Mendoza, na Argentina, para explorar a mina de sais de potássio Rio Colorado, localizada no município de Malargüe, no sopé da Cordilheira dos Andes.
Segundo fontes citadas pelo jornal Clarín, a Vale deve investir um total de US$ 4,3 bilhões em Mendoza. De acordo com o matutino portenho, Roger Agnelli, presidente da companhia, vai assinar daqui a um mês o desembolso desse montante para a Rio Colorado.
A previsão é que a mina inicie sua produção no segundo semestre de 2013, transformando a Argentina no quinto maior produtor mundial de potássio e o principal da América do Sul.
Dessa forma, o potássio transformaria-se no maior produto de exportação de Mendoza, região tradicionalmente conhecida por suas vendas de vinhos ao exterior.
A expectativa é que a mina – que conta com reservas para quase cinco décadas de exploração – produza inicialmente 2,4 milhões de toneladas por ano de potássio. A capacidade de Rio Colorado pode aumentar para 4,35 milhões de toneladas no futuro.
Exportação. A produção será destinada primordialmente para a exportação, tendo o Brasil como um dos principais mercados, além da Índia, China e Estados Unidos.
Analistas em Mendoza calculam que, levando em conta que a tonelada de sais de potássio está ao redor dos US$ 300, o faturamento anual da mina poderia ser de US$ 720 milhões.
A Rio Colorado foi adquirida pela Vale em 2009 da anglo-australiana Rio Tinto. Antes da entrada da empresa brasileira na mina, a Rio Tinto já havia investido um total de US$ 136 milhões em Malargüe.
As obras básicas para a implantação da infraestrutura da mina já começaram e se prolongarão ao longo dos próximos 30 meses. As obras de instalação da mina incluem a construção de uma fábrica processadora na mesma área, um terminal portuário, além de uma usina termelétrica.
Além disso, as obras para a instalação da mina incluirão a construção de uma ferrovia de 360 quilômetros para unir essa área com Zapala. Essa cidade está ligara pela ferrovia Ferrosur, com a cidade de General Cerri, e esta, com o porto de Bahía Blanca. O trecho entre Zapala e General Cerri, de 756 quilômetros, pertence à Loma Negra, empresa que foi comprada em meados da década pelo grupo brasileiro Camargo Corrêa.
Segundo estimativas da Associação de Industriais Metalúrgicos de Mendoza (Asinmet), a construção da mina e as obras restantes envolvidas na operação demandariam um total de 17 mil toneladas de aço.
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