A alemã Siemens vê o Brasil como um mercado atrativo e com enorme perspectiva de crescimento, embora o país ainda não tenha entrado de cabeça na onda verde — um dos pilares estratégicos da companhia.
Até 2014, a empresa pretende dobrar o volume anual de negócios no Brasil, hoje na casa dos R$ 5 bilhões. É o que diz Adilson Antonio Primo, diretor presidente da Siemens no país, em entrevista que o jornal Brasil Econômico publica na edição de amanhã (30/9).
Ao contrário do que acontece lá fora, a estratégia da Siemens para alcançar o resultado por aqui passa por uma atuação mais intensa e focada em áreas nas quais o país precisará investir para crescer de forma sustentável: energia, petróleo e gás e transportes, além de segmentos importantes da indústria de base, como siderurgia e papel e celulose. Se os projetos incluírem tecnologias verdes, tanto melhor.
Dirigente de uma série de entidades patronais e tradicional porta-voz da indústria junto ao governo, Primo se mostra otimista em relação ao futuro do Brasil. Acredita em um ritmo de expansão de 4% a 5% ao ano, nos próximos anos.
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Mas faz as ressalvas de quem já viu o país viver momentos de euforia e amargar, em seguida, a desilusão de décadas perdidas. Por isso, considera fundamental que se aproveite o momento econômico e político para que sejam feitas reformas estruturais que garantam competitividade e espaço à indústria na disputa por mercados não apenas lá fora, mas também no mercado interno: “temos uma carga tributária, uma burocracia e um custo de capital brutais. É o que chamo de ‘home made, marmelade'”.
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