O esforço feito pelo governo federal nos últimos anos, como a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda não foi suficiente para garantir a melhora da infraestrutura brasileira. Pelo contrário: o País lidera a lista das piores estruturas de transporte e logística entre seus concorrentes, mostra levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O trabalho selecionou 14 países com características econômico e sociais semelhantes às do Brasil e que tenham participação no mercado internacional. Foram avaliados os setores de transportes, energia e telecomunicações de todas as nações. No geral, o País ficou com a terceira pior colocação, à frente apenas de Colômbia e Argentina.
Mas, no item transportes, ninguém desbancou o Brasil. “Além da qualidade da infraestrutura, a grande deficiência do setor é a falta de conexão entre as diversas modalidades”, diz o diretor executivo da CNI, José Augusto Fernandes, coordenador do estudo sobre competitividade, que será apresentado quarta-feira a 2 mil empresários, no Encontro Nacional da Indústria, em São Paulo.
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Dentro do setor, a infraestrutura portuária teve a pior classificação. A qualidade da infraestrutura ferroviária também rendeu uma posição ruim para o Brasil, que ficou na penúltima colocação. Nesse caso, explica o executivo da CNI, o que mais pesou foi o tamanho da malha nacional, de apenas 28 mil quilômetros (km). Além disso, o transporte ferroviário é concentrado em poucos produtos: só o minério de ferro representa 74% da movimentação total das ferrovias.
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