Um dos piores problemas que muitas vezes podem ocorrer quando há mudanças de personagens no governo central é a descontinuidade de ações e projetos.
Não parece que isso ocorrerá nesta passagem do governo Lula para o governo Dilma. Pelo contrário, ao nomear diversos ministros atuais para os mesmos cargos, o futuro governo dá demonstrações de que pretende tocar a mesma toada do atual, ou seja, de manter todo o processo de obras em andamento e de projetos já definidos como prioritários.
Um exemplo vem do setor ferroviário. A atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, escolhida por Dilma para ser a futura ministra do Planejamento, já disse que vai manter a continuidade do cronograma das obras ferroviárias previstas no PAC e foi além: “A ferrovia será a espinha dorsal do transporte no Brasil”.
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É bom que isso ocorra e que já se planeje, de imediato, a implantação do Ferroanel em São Paulo, dando novo impulso ao setor ferroviário que traz a produção do interior para embarque no Porto de Santos. E assim com relação a outros portos do País como a ferrovia Norte-Sul e a Oeste-Leste, ambas já em andamento.
Estão no mesmo barco do PAC todo o sistema nacional de dragagem nos acessos aos portos, a construção de rodovias e ligações portuárias internas, a aquisição de aparelhagem e ainda um pacote de renovação das empresas de construção naval, além de todo o aparato ao pré-sal.
O que não dá mais é se estancar o desenvolvimento, os planos, as obras, rasgar projetos que custaram os olhos da cara e jogar dinheiro fora em paralisações descabidas. Se isso ocorreu em demasia no passado, e ocorreu, é hora de seguir em frente, sem olhar para trás, na busca de dias melhores, porque não há mais tempo a perder. O mundo não admite retrocessos.
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