Ainda neste mês ou no máximo no início de fevereiro a Prefeitura de Cianorte (a 81 quilômetros de Maringá) vai realizar uma audiência pública para que a população discuta o destino da linha férrea, que passa pela área central, impede a urbanização do trecho mais valorizado da cidade e não tem qualquer utilidade, porque há décadas o trem deixou de circular pelo município.
A informação é do prefeito Edno Guimarães (PMDB). Ele defende que Cianorte tome uma atitude para acabar com o empecilho para o desenvolvimento da cidade. “Queremos urbanizar aquela área, conhecida como Esplanada”, alega.
De acordo com o prefeito, após a audiência, se a população se mostrar favorável, a prefeitura vai providenciar a retirada dos trilhos que ligam o “nada a lugar algum”.
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Ele adianta ainda que se um dia a empresa América Latina Logística (ALL), concessionária das estradas de ferro da região, decidir prolongar o trecho de Maringá até Umuarama ou Guaíra terá que prever um desvio por fora da área urbana de Cianorte.
Histórico
No noroeste do Paraná, a ferrovia cresceu no ritmo do surgimento das cidades. Com a região sendo colonizada, na década de 50, pela Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná, a ferrovia era o principal meio de escoamento da safra de café, que atingia alta produtividade graças à terra roxa e fértil.
Nos anos setenta, com o advento da “geada negra”, a consequente erradicação dos cafezais, as composições deixaram de circular depois de Maringá e, desde então, o trecho nunca mais foi usado. De acordo com a ALL, que assumiu a estrada há 13 anos, para reativar a ferrovia seria necessária a troca dos trilhos.
A Esplanada, em frente à estação rodoviária de Cianorte, é a área mais central. A Companhia Melhoramentos, proprietária dos terrenos, além da faixa de domínio dos trilhos, tem um projeto para ocupar os imóveis com prédios e equipamentos públicos.
Fonte: O Diário
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