Em reunião na qual se anunciou o novo presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, fez a previsão de que a ligação da Estação Tamanduateí com o Grande ABC deverá destravar a partir do fim de 2014. Ao lado do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e do deputado estadual Alex Manente (PPS), que requisitaram a audiência, Jurandir enfatizou a vontade política do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em tornar o projeto, obra executada.
“Tudo leva a crer pelos prazos de hoje que até o fim de 2014 nós tenhamos alguns trechos em operação, pois a ideia é, eventualmente, vir inaugurando algumas estações parciais e fechar até o Ferrazópolis ou Alvarenga (em São Bernardo), que dá uma diferença de cerca de seis quilômetros de uma para outra”, detalhou o titular da Pasta de Transportes. Dentro deste prazo, a intervenção entrará em andamento no fim do mandato tucano.
Segundo o secretário, primeiramente serão necessários de dois a três meses para a licitação por conta do prazo regimental, depois cerca de sete meses para o projeto básico em si. Após esse período, a equipe fará contratação, desapropriações e licenças ambientais. “Essa obra física não começa antes de março de 2012.”
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Jurandir já delegou ao novo comandante do Metrô as atribuições de tocar o projeto. “O Avelleda, que é ex-presidente da CPTM, vai possivelmente ser responsável pela obra. Foi importante essa demonstração de empenho, fundamental para que a intervenção aconteça. O respaldo não é só do Executivo, mas também do Legislativo dentro desse projeto.”
O traçado funcional, que já está concluído, servirá para balisamento do contrato seguinte do projeto básico. Sobre os custos da obra, o coordenador de planejamento da secretaria, Renato Viegas, disse que é prematuro estimar valores, porém que devem girar em torno de US$ 60 milhões a US$ 80 milhões se for elevado e a metade disso em termos térreos. “É prognóstico grosseiro, já que depende de muita coisa. Por exemplo, em elevado há economia em desapropriações. A desapropriação social traz algo de negativo.”
A obra irá variar de 14 a 20 quilômetros de extensão com distância média de 600 a 1.000 metros de distância média entre paradas e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. “Temos que começar a enxergar a engenharia financeira. O trem de superfície me parece a maior possibilidade segundo nosso planejamento, pois o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é sofisticado e não tão caro. Se for elevado será 2,5 vezes superior. O veículo tem o custo parecido e definiremos em outubro”, disse Viegas, sobre a possibilidade de VLT, monotrilho ou BRT (Bus Rapid Transit), sistema de ônibus elevado, além de misto entre fase térrea e elevada.
Ao salientar que São Caetano não consegue arcar com gastos de caráter metropolitano, o chefe do Executivo ouviu pedido do secretário de Transportes. “O prefeito pode me dar alguns terrenos, pois desapropriações já ajudam.”
De acordo com Jurandir, a ajuda federal e PPPs (Parcerias Público-Privadas) serão preponderantes ao andamento. “Obviamente necessitamos de duas fontes: União e privado. Vou optar pelas duas.”
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